Rodolfo Juarez
HÁ 23 ANOS
No dia 26 de janeiro de 2002 o Barco Motor Cidade de Óbidos VI ia para fundo do Rio Jari depois de se chocar com um comboio de ferro (empurrador e balsa) no Rio Jari às 5:20 da manhã. O B/M havia saído de Santana com 5 tripulantes e 101 passageiros, tinha como destino a cidade de laranjal do Jari.
13 HORAS
Depois de pouco mais de 13 horas de viagem, já na altura do município de Vitória do Jari, em frente à Fazenda Alegre, na localidade do mesmo nome, uma batida de frente, entre o comboio de ferro e o barco/motor de madeira, sobrou para o barco de Madeira que foi a pique e lá ficou para sempre.
INQUÉRITO
O inquérito presidido pelo Ministério Público pediu o indiciamento, por homicídio doloso, de toda a tripulação do comboio, do armador e do proprietário. Até agora não se tem notícia do encaminhamento (se é que se deu) do inquérito. No MP o inquérito foi presidido pelo promotor Adilson Garcia.
MORTES
Sete pessoas morreram afogadas em consequência do acidente: Vitor Santos, Simone Teran, Claudia Colares, Karina dos Santos, Archimedes Afonso, Luan Richard e Alexandre Lino. Todos os familiares aguardando que se façam justiça conforme prometido na época dos fatos.
CONSTATADA
Ficou, no episódio, constatado que a deficiência das inspeções navais na Região Amazônica é um fator que deve ser revisto, pois a vida dos passageiros não pode ficar à mercê da (in)consciência e da (ir)responsabilidade dos comandantes, dos armadores e dos proprietários.
FATALIDADES
É importante não esquecer, mesmo que fosse possível, de outros acidentes como o do Novo Amapá, em 06.01.1981, quando morreram (oficialmente) 282 pessoas afogadas; do Cidade de Óbidos VI, em 06/01/2002, quando morreram 7 pessoas afogadas; e o do Anna Karoline, em 29/02/2020, quando 29 foram vítimas de afogamento.