A estrutura de pronta-resposta a acidentes durante a pesquisa e exploração destaca a construção de um Centro em Oiapoque.

Diretores da Petrobras apresentaram ao governador do Estado a estrutura de pronta resposta para eventuais acidentes durante a pesquisa e exploração de petróleo na Costa do Amapá. O plano de segurança é o maior do Brasil e recebeu investimentos superiores aos aplicados em bacias do Sudeste, que contam com centenas de poços e 66 plataformas em operação.

A apresentação no Palácio do Setentrião durante a reunião havida com os gerentes da companhia e o governador do Estado (Foto: Secom/GEA).

A iniciativa atende aos requisitos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para o licenciamento da área e inclui uma sonda, 12 embarcações, três helicópteros, um Centro de Defesa Ambiental e dois Centros de Despetrolização e Reabilitação de Fauna: um em Belém, operando desde 2023, e outro em Oiapoque, que será finalizado no primeiro trimestre deste ano.

As duas bases de acolhimento à fauna são as últimas condições para obter a licença de exploração na região. Em outubro do ano passado, o Ibama indeferiu o pedido da Petrobras para a exploração do petróleo na costa do Amapá. Entre os questionamentos, estava o tempo de reação em caso de eventual acidente e a ausência de um local mais próximo dos poços de petróleo para prestar assistência à fauna.

Somente no ambiente fluvial, serão seis embarcações de resposta à fauna, com veterinários e profissionais de prontidão. O resgate atenderá qualquer animal, independentemente da atividade em curso. Outras seis embarcações, equipadas para contenção e recolhimento de óleo, atuarão em esquema de carrossel, sempre duas ao lado da sonda. A estrutura também incluirá um porto em Belém e um aeródromo em Oiapoque.

As pesquisas e estudos sobre o potencial do petróleo na Margem Equatorial, que abrange áreas do Amapá ao Rio Grande do Norte, estão concentrados exclusivamente no bloco FZA-M-59, a mais de 2,8 mil metros de profundidade. A Petrobras já perfurou mais de 3 mil poços nessas condições sem causar qualquer dano ao meio ambiente.

O gerente geral de Exploração da Margem Equatorial, Marcos Valério Galvão, explicou que o processo de mapeamento do petróleo leva cerca de cinco meses, mas os resultados efetivos da descoberta mineral demoram anos para serem alcançados. Ele enfatizou a importância de agilizar as licenças para que todos os envolvidos, especialmente a população, possam se preparar adequadamente.