A abertura do Plenário e das galerias da CMM foi uma providência do vereador Ezequias (PSD).
Na quarta-feira, dia 14/05, foi realizada a audiência pública presidida pelo vereador Ezequias (PSD) que teve como centro das discussões a nefropatia grave no Estado do Amapá e a invisibilidade a que estão submetidos os pacientes renais crônicos.
O Plenário da Câmara Municipal de Macapá foi ocupado por parte dos pacientes renais crônicos que estão lutando para sair da invisibilidade (Foto: JAA)
Antes, no dia 13 de março, Dia Mundial do Rim, os pacientes renais crônicos tiveram oportunidade de participar da audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado que, pelo relatório oficial da audiência, foram destacados os principais procedimentos que o sistema de saúde do estado precisa adotar no atendimento aos pacientes renais crônicos (PCRs).
Na Câmara, além do vereador Ezequias, anfitrião da audiência pública, participaram compondo a mesa dos trabalhos: o Advogado Washington Picanço, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/AP, Alessandra Reis, subsecretária de saúde do Município de Macapá, a presidente da Associação Amapaense dos Renais (AAMAR), Amanda da Luz, a médica nefrologista Gracilene Lobato.
Depois do protocolo da CMM, a abertura da audiência pública foi feita pelo presidente da reunião, os tiveram assento à Mesa se pronunciaram, sob emoções explicitas, com da presidente da AAMAR e da médica Gracilene Lobato, no momento em que destacaram as dificuldades que os pacientes renais crônicos enfrentam.
A voz da médica nefrologista Gracilene Lobato embargou e as lágrimas desceram quando afirmou que “o sofrimento dos pacientes é o meu sofrimento”.
Ainda se pronunciaram o paciente Rodolfo Juarez que, em rápido relato, destacou o fato de o Amapá ser o único estado da Federação que não opera o programa de transplante de órgão e, por isso, também não opera o programa de doação de órgãos. Enquanto isso, o Estado do Pará conta com 5 equipes de transplante de rim: 3 em Belém, um na sede do Município de Redenção e mais um na sede do Município de Santarém e que, das 3 cidades sedes daqueles municípios paraenses, apenas Redenção, com 91 mil habitantes, tem PIB per capita maior que o de Macapá.
Um depoimento impactante foi do esposo de uma paciente renal crônica em hemodiálise que mora em Serra do Navio. Afirmou que eles, a paciente e o esposo, como acompanhante, saem da sede do município 4 horas da manhã e só chegam em casa, às 10 horas da noite. Isso há nove meses, e nesse período observam suas criações se perdendo, os trabalhos ficando sem condições de realizar. O aluguel, em Macapá, de uma casa inferior à que os dois têm em Serra do Navio, está sendo cobrado em torno de R$ 2 mil.
Os pacientes saíram da audiência e estão na espera das providências que podem ser tomadas pela vereadora Margleide Alfaia (PDT), vice-presidente da Mesa Diretora da Câmara, que falou nesse sentido e justificou; também do vereador Japão (SOLIDARIEDADE) que se comprometeu naquele momento, e da vereadora Pastora Lea (PDT) que também se manifestou no mesmo sentido.
O comprometimento do vereador Ezequias (PSD) já foi manifestado desde os primeiras reuniões que culminou na audiência pública.
