Josiel Alcolumbre – Jornalista

A Margem Equatorial é uma região da costa brasileira, localizada entre o Amapá e o Rio Grande do Norte, que se estende por mais de 2.200 km e é considerada uma nova fronteira exploratória de petróleo e gás.

Essa área inclui cinco bacias sedimentares: Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar, e é caracterizada por seu alto potencial petrolífero.

As perspectivas de exploração de petróleo e gás na Margem Equatorial tem sido objeto de debates devido às alegações de potenciais impactos ambientais e sociais a que estariam sujeitos o meio ambiente natural, especialmente na região da Foz do Rio Amazonas.

 Embora esses debates sobre a exploração petrolífera na Margem Equatorial se concentre nos riscos ambientais, uma perspectiva estratégica revela uma oportunidade única de reposicionamento do Amapá no cenário nacional e internacional.

Em vez de repetir o padrão de dependência dos combustíveis fósseis, o estado pode usar os royalties como alavanca para uma transformação sem precedentes rumo a uma economia verdadeiramente sustentável, aproveitando o fato de que já é um dos territórios que mais contribuem para a sustentabilidade global, mantendo mais de 70% de suas florestas naturais em pé e, por isso também, merece ser reconhecido e compensado.

Os técnicos da Agência Nacional de Petróleo projetam a Margem Equatorial como uma região com grande potencial de reservas de petróleo e gás. As estimativas sugerem que ali estejam em torno de 30 bilhões de barris de óleo.

Acredita-se que a Margem Equatorial seja uma continuação da província petrolífera da Guiana e Suriname, onde foram descobertas grandes reservas. A exploração da Margem Equatorial é vista como importante, inclusive para garantir a segurança energética do Brasil e financiar a transição energética segundo estudos feitos pela Petrobrás.