O anúncio feito no final de abril: já tem manifesto, sigla definida, mas a federação ainda não está registrada no TSE.
A federação será válida por quatro anos, representando em torno de 20% do total dos parlamentares da Câmara dos Deputados e do Senado Federal: são 109 deputados e 14 senadores. O UP reúne, ainda, 6 governadores, 1.400 prefeitos e 12.000 vereadores.

A Federação União Brasil/PP ainda não está registrada no TSE (Fonte, foto e arte: CNN/UB/PP).
Até dezembro, a presidência do União Progressista será compartilhada entre o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, e o presidente do Progressistas, Ciro Nogueira. No fim do ano, uma eleição definirá a nova composição.
Manifesto
Os presidentes das duas siglas se revezaram na leitura do “Manifesto da Federação União Progressista Por um Choque de Prosperidade e pela Modernização do Estado”.
O documento apresenta a iniciativa como uma “união progressista, uma bússola para o Brasil”. De acordo com o texto, “a bússola tem um norte claro e definido: responsabilidade fiscal e responsabilidade social”.
Citando algumas das personalidades presentes ao longo da leitura, Rueda leu os primeiros parágrafos do manifesto dizendo que a “boa política é a arte de construir soluções e consensos, sobretudo nas conjunturas que ameaçam tornar remota ou improvável a consecução desse desafio”. Em outro trecho, fala da necessidade de se garantir “o equilíbrio das contas públicas para que o equilíbrio e a paz social possam ser assegurados”.
Ciro Nogueira deu continuidade à leitura do manifesto: “Precisamos modernizar o Estado para que ele possa servir à sociedade, deixando de ser o atual empecilho, que faz com que o Brasil continue adiando o seu porvir. Temos pressa! Liberando as forças vivas do desenvolvimento com um Choque de Prosperidade, o “país do futuro” chegará logo mais!”
UPB
“Os salários para cima, os empregos para cima, o Brasil chegando a altura de todo o seu potencial e é para lá que nós vamos”. Com essa narração começa o vídeo exibido em um telão, durante a cerimônia, para apresentar a identidade visual da federação. A marca é uma seta amarela no sentido “para cima”, justamente o significado das duas primeiras letras da sigla. (up), em inglês.
Cerimônia
A cerimônia reuniu os presidentes da Câmara, Hugo Motta (PP), e do Senado, Davi Alcolumbre (União), dezenas de parlamentares, governadores, prefeitos de capitais, ministros, dirigentes do União Brasil, do PP, e até de outros partidos, como o caso de Valdemar da Costa Neto, do PL, e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL)
Os quatro governadores do União, Wilson Lima (Amazonas), Mauro Mendes (Mato Grosso), Cel. Marcos Rocha (Rondônia) e Ronaldo Caiado, (Goiás). Para ACM Neto, vice-presidente do União Brasil, o dia foi histórico: “Estamos aqui pelo nosso compromisso com futuro do Brasil.”
Federação Partidária
A federação partidária é autorizada no Brasil desde 2022 e permite a união de dois ou mais partidos devidamente registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As siglas devem ter abrangência nacional e obrigatoriedade de permanecerem num mesmo bloco por, pelo menos, quatro anos.
Ao contrário das coligações partidárias, as federações não podem ser desfeitas depois das eleições. Seguindo as regras do TSE, as federações partidárias devem possuir um estatuto próprio, com regras sobre fidelidade partidária e sanções a parlamentares que não cumprirem orientação de votação.
A federação União Progressista ainda não está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apenas três federações, com validade de 4 anos, obtiveram esse registro em 2022: Federação Brasil da Esperança (PT PCdoB PV), Federação PSDB CIDADANIA e Federação PSOL REDE.
Legislação
A formação de federações foi instituída pelo Congresso Nacional ao aprovar a Lei n.º 14.208/2021 com o objetivo de permitir às legendas atuarem de forma unificada em todo o país.