O açai e outras “superfrutas” regionais como a castanha e o cacau têm potencialidade para melhorar a economia do Norte.

Em uma entrevista à imprensa loca e nacional o secretário do Planejamento do governo do Amapá, Lucas Abrahão, afirmou que a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, COP30, pode dar visibilidade em apresentar as oportunidades de negócio ao estado, o que pode gerar um incremento no Produto Interno Bruno da região.

O secretário afirmou que o governo do estado “quer aproveitar a COP 30 para fazer crescer a economia do Amapá através da bioeconomia e dos produtos florestais não madeireiros também como, por exemplo, os óleos essenciais, os cosméticos, os fármacos, os princípios ativos, a fruticultura e as super frutas da Amazônia”.

Lucas Abraão, secretário de estado do Planejamento do GEA acredita que o legado da COP30 pode ter reflexo no PIB do Estado do Amapá (Foto: GEA).

Cita o açaí, que é muito conhecido, mas ressalta que existem inúmeras outras “superfrutas” da Amazônia, como a castanha, o cacau, dentre tantas outras que carregam essa potencialidade, muito encontradas no Norte do Brasil.

Segundo o secretário “a COP 30 pode nos dar a oportunidade de apresentar negócio verde para o Amapá. Então o estado está preparado para recepcionar investidores que queiram trabalhar em algumas áreas e todas elas sustentáveis dentro das normas da legalidade”.

O secretário Lucas Abraão também garante que o Amapá é um estado pacificado, sem nenhum conflito latifundiário, não tendo qualquer tipo de conflito fazendário, nenhum tipo de divergências entre grupos de latifundiários. É um estado pacífico onde todas as áreas e territórios indígenas estão demarcados.

Destacando, inclusive, que os territórios quilombolas já têm os espaços claros e o governo está terminando o alinhamento ecológico e econômico com clareza, apontando onde é a área de preservação e onde é a área produtiva.

Mão de obra qualificada

Com a visibilidade do Amapá vinculada à COP 30, a economia do estado passa a se movimentar organicamente. O turismo, hotelaria, serviços e gastronomia vão demandar de mais mão de obra qualificada.

Em relação à demanda, Abrahão afirma que o governo do estado está apostando que a COP30 pode atrair também turistas para o Amapá e, por isso, estão criando um ecossistema que conta com o governo federal e com o “Sistema S”.

“O Sebrae e o Senai estão ajudando qualificando a mão de obra. Então, o empresário que chegar aqui pode saber que, dependendo da sua demanda, vai ter mão de obra lá qualificada.”

Além disso, o secretário destaca a Universidade Federal do Amapá, prepara profissionais especialistas em diversas áreas da engenharia.

“O governo tem criado um ambiente favorável para novos investimentos. Com apoio dos poderes judiciário e legislativo, junto com o Ministério Público e os órgãos fiscalizadores, os empresários que chegam no Amapá tem a segurança jurídica e institucional, além da certeza de um ambiente político que coopera e apoia os empreendimentos de forma sustentável”, finaliza.