Rodolfo Juarez
A antevéspera do dia de Natal, quando celebrado, em 25 de dezembro, a data cristã que lembra o nascimento de Jesus Cristo, o Filho de Deus, um dos feriados religiosos mais importantes e que foca na reflexão, na união, na partilha de amor e fraternidade, com raízes em festividades pagãs antigas relacionadas ao solstício de inverno, que foram ressignificadas pela Igreja para celebrar Jesus como o “Sol da Justiça”.
O nascimento de Jesus marca, também, parte central da fé cristã, a vinda de Jesus ao mundo, simbolizando salvação e esperança. O período inclui um ciclo completo desde o Advento, ou seja a preparação para, em seguida, haver a celebração do dia 25 de dezembro e os doze dias que se estendem até o dia 6 de janeiro, dia da Epifania, celebrando a chegada dos Reis Magos.
A celebração envolve momentos especiais com a realização de missas especiais na véspera, na noite, na manhã e no Dia do Natal, com a leitura de textos que aprofundam o mistério da encarnação, e momentos de confraternização, presentes e troca de afeto entre as pessoas.
Anteriormente o dia 25 de dezembro era associado ao Sol Invictus e ao solstício de inverno no Império Romano, quando se comemorava o renascimento do sol. A Igreja adotou a data para sobrepor o paganismo, ligando Jesus ao “Sol da Justiça” e à “Luz que ilumina o mundo”, direcionando o significado para o bem e a salvação, na forma proposta por figuras como o Papa Júlio I.
Ninguém sustenta com precisão absoluta a data exata do nascimento de Jesus. o dia 25 de dezembro foi estabelecido, entre os séculos III e IV da era cristã para, de acordo com os estudos realizados, coincidir com essas festas pagãs que já tinha um calendário consolidado.
O dia 25 de dezembro foi escolhido para o Natal no século IV como uma estratégia da Igreja para cristianizar as celebrações pagãs populares no Império Romano, como o Solstício de Inverno e o aniversário do Sol Invencível, substituindo as festividades do renascimento do sol pela celebração do nascimento de Jesus, o “Sol da Justiça”. A data foi formalizada pelo Papa Júlio I por volta de 350 d.C., e a primeira celebração registrada é de 336 d.C.
O Amapá, como todo o Brasil, é amplamente considerado como um país cristão aos olhos do mundo, principalmente devido à sua grande população e herança cultural. O Brasil tem o segundo maior número de cristãos do mundo, uma herança da colonização portuguesa. Fica atrás apenas dos Estados Unidos.
A religião é profundamente enraizada em todos os setores da sociedade amapaense e brasileira, incluindo a política, com a existência de frentes parlamentares evangélicas e o uso de narrativas religiosas em discursos públicos, o que reforça a percepção de um país cristão.
Apesar de ser um Estado laico de acordo com a Constituição Federal, a identidade cultural e social do Brasil é fortemente marcada pelo cristianismo, o que predomina na visão externa.