Política é a ciência da governança de um Estado ou de uma Nação e também uma arte de negociação para compatibilizar interesses.
Na ciência política se trata da forma de atuação de um governo em relação a determinados temas sociais e econômicos de interesse público, como política educacional, política de segurança pública, de gestão da saúde, de política salarial, política habitacional, política ambiental entre tantas ações que são inerentes à governança.
Então, o assunto política é muito sério e assim deve ser tratado. Não pode ser instrumento para viabilizar poder ou divisão da sociedade. Deve ser um instrumento para juntar, agrupar, sem deixar escapar qualquer parcela da sociedade, sob pena de ser levado ao fracasso.
A fantasia dos marqueteiros tem tido tanta influência na cabeça de determinadas lideranças políticas que as leva a becos sem saída e as deixa sempre em precárias condições para tomar decisões importantes.
Resta, para essas “lideranças”, mascarar as suas propostas, criar vínculos falsos que arrebentam facilmente ao primeiro esforço, deixando a corrente sem função devido a quebra de elos que estavam baseados em mentiras ou falta de conhecimento, mas que formaram toda a infraestrutura das alianças arrumadas para alcançar o poder e, depois, fortalecer as relações.
O Amapá padece, desde 2015, dessa mal arranjada política, que mais criou confusão no exercício da governança do que serviu para bem orientar os gastos públicos, deixando um rastro de insatisfação e de incoerência que propiciou fissuras completas no centro do governo do Amapá, resultando na renúncia, inédita para o nosso povo, de um vice-governador.
Agora a notícia que toma conta dos meios políticos é a saída de um importante aliado de longo tempo, presidente de um partido que sempre esteve viabilizando as alianças do partido do governador.
Faltou o quê?
Certamente que foi liderança ou, então, se trata de consequência do desespero que fez o governador esquecer aliados e, assim, também esqueceu laços com os quais se comprometera. Deixou apodrecer, de vez, a força da antiga aliança que se quebra e deixa um flanco absolutamente desprotegido e sujeito ao encontro de contas que, certamente, não levará a paz.
O fato é que a moderna política não está no manual do atual governador do Estado e dos seus conselheiros, mesmo assim ainda quer reeleição.