Rodolfo Juarez

A Rodovia Josmar Pinto (antiga JK) deu um nó na paciência dos seus usuários durante o período de realização da Expofeira do Amapá no Parque de Exposições da Fazendinha, distrito do município de Macapá.

O que foi comentado em artigo anterior, aconteceu!

E aconteceu acima, muito acima do que se poderia esperar. Condutores amapaenses, não acostumados com congestionamentos, foram ao extremo da não paciência, se revoltando consigo mesmos, querendo uma explicação, no seu dizer, dos motivos que o levaram a submeter-se ao que classificavam como “aquilo”.

Mas foi complicado mesmo!

Disso tudo pode ser tirada uma proposta de solução quando da realização de eventos assemelhados ou de outra expofeira.

O problema foi constatado. A solução está diretamente relacionada à tomada de providência ajustada às necessidades de uso da rodovia. A primeira impressão é de que seja feita uma duplicação de pista ou mesmo uma rodovia com seis pistas, três em cada sentido.

Em rodovia, jamais é notado um excesso de pista.

São 12 quilômetros até a Fazendinha. A Fazendinha é a principal referência turística da cidade, isso faz bastante tempo, e o Parque de Exposição da Fazendinha fica ao longo da Rodovia Josmar Pinto, mais próximo do Balneário da Fazendinha que do centro de Macapá.

Concentrar recursos para a construção da Rodovia que já foi JK e agora é Josmar Pinto, se trata de oportunidade. No momento não haveria reprovação por parte de qualquer dos usuários. A outra solução é uma rodovia estadual de 4 pistas, duas em cada sentido, com duas vias locais, com acesso à rodovia, com o objetivo de atender os usuários que moram nos conjuntos habitacionais que se estendem ao longo da rodovia.

Certamente é uma obra cara para os padrões dos orçamentos locais, entretanto, relativamente barata por se entender que se trata de uma rodovia turística e que deve ser de classe alta. No momento, em qualquer classificação, é impossível se atribuir uma classe à Rodovia Josmar Pinto, uma vez que já não atende àqueles que, eventualmente ou costumeiramente fazem dela o seu rumo.

No momento, como dito no outro artigo, a rodovia Josmar Pinto têm trechos que precisam ser reconstruídos desde a base. Há locais que, durante o inverno amazônico são invadidos pelas águas da chuva, outros com recapeamento soltando, ou seja, as pistas (são duas) estão estruturalmente sacrificadas. Os retornos são improvisados, a sinalização vertical praticamente inexiste e a iluminação não atende às recomendações que são feitas pelas leis do Trânsito.

Para se ter uma ideia, muitos usuários, mas muitos mesmo, preferiam dar a volta pela Rodovia Duca Serra para chegar na Zona Sul de Macapá.

O sistema viário da cidade de Macapá, em verdade não está integrado com o sistema viário de Santana, as duas maiores cidades do Estado do Amapá, e isso se torna um entrave para o desenvolvimento e a qualidade de vida da população das duas cidades.

É preciso pensar nisso de forma integrada e de tal maneira que permita a satisfação dos usuários e não o desespero deles por não ver vencida uma questão que é crucial para o desenvolvimento local.