Josiel Alcolumbre – Jornalista
Circulam na imprensa notas e notícias, tendo como fonte a administração do Município de Macapá, e como origem os gabinetes do prefeito e da Secretaria de Zeladoria Urbana de Macapá, tratando da recorrente limpeza dos canais de drenagem das águas pluviais da cidade de Macapá.
Mais uma vez o secretário e o prefeito da cidade culpam os moradores das áreas próximas aos canais e, também moradores das áreas distantes, até de outros bairros, que vem dos seus endereços despejar toneladas de entulho formado por sofás, fogões, geladeiras, cadeiras e, também, lixo que deveria ter sido coletado, pela coleta regular, quando da passagem dos carros coletores de lixo.
A coleta anunciada como regular pela prefeitura do Município não atende a 50% da quantidade de lixo gerado pela população e que, para isso, paga com os tributos que recolhe de forma compulsória, não para ser coletada uma parte do lixo doméstico gerado, mas, tudo o que for produzido, como resíduo descartável, pelos residentes.
Um canal como o da Mendonça Júnior, que está pronto, com fundo concretado, laterais concretadas e área superior calçada, com muretas e iluminação adequadas, pois bem, a parte que cabe à Zeladoria Urbana, que é a manutenção com retiradas de arbustos das saídas do sistema de drenagem de vias, as saídas estão todas, mas todas mesmas, completamente obstruídas, mostrando para todos o quão o Canal da Mendonça Júnior está sem condições de realizar a sua principal função que é coletar a água que vem das vias para o canal.
Outro canal, como o Canal das Pedrinhas, não pode e não deve ser cuidado como está sendo pelo Poder Público Municipal. A população já está muito preocupada com as promessas feitas, anunciadas e não cumpridas. Para tanto emendas parlamentares foram aplicadas na compra de máquinas e caminhões para serem utilizados na manutenção dos canais de drenagem da Capital.
A administração municipal atual já conviveu com 3 invernos amapaenses e transmite a impressão de que não aprendeu com os clamores da população que, desde agora, em novembro, está muito preocupada com o que vem por aí e, mais uma vez, já começa a desconfiar de que vai ter que sair de suas casas ou, mantendo-se nelas, saber que vai precisar suspender os móveis, guardar em local bem alto a alimentação, para não ter os prejuízos ainda maiores que nos invernos anteriores.