Rodolfo Juarez
Este ano fomos instados a seguir um cronograma de destaque para os aniversários de criação de cada um dos 16 municípios do Estado do Amapá.
É um caminho que ainda não foi trilhado por mim e os leitores dos artigos que escrevo, sugeriram, em mais de uma oportunidade que fossem repassados os dados populacionais dos 16 municípios amapaenses, motivados pelo que aconteceu com a contagem da população, no Censo de 2022 divulgado pelo IBGE, que diminuiu as populações de cada um dos municípios, sem exceção, quando comparado com as estimativas realizadas, anualmente, pelo próprio IBGE. A diminuição da população registrada para cada um dos municípios implicou em uma diminuição na população de todo o Estado do Amapá, em 144.105 habitantes, o que significou um encolhimento populacional em 16,38% quando comparado com a estimativa feita pelo IBGE, para o total da população, em 2021, de 877.613.
As implicações nas transferências obrigatórias da arrecadação feita pela União foram significativas, muito embora pouco comentadas pelos agentes que lidam com as avaliações econômicas e de desenvolvimento do Estado do Amapá e de cada um dos municípios amapaenses.
Mas vamos começar por Mazagão.
Segundo o Censo 2022 realizado pelo IBGE e publicado no dia 28/06/2023, o município de Mazagão conta com uma população de 21.918 residentes, em uma área de 13.189,6 km2, o que define uma densidade populacional de 1,66 habitantes/km2.
O município de Mazagão faz parte da região sul do Estado do Amapá. A data de criação do município de Mazagão é 23 de janeiro de 1770, implantado oficialmente no dia 15 de novembro de 1915.
Nesta terça-feira, dia 23 de janeiro de 2024, Mazagão completa 254 anos de fundação pela Coroa Portuguesa para abrigar famílias vindas da Mazagão Africana, uma colônia portuguesa no Marrocos que foi desativada e transferida para o Brasil.
O município de Mazagão faz limites com os municípios de Santana, Porto Grande, Pedra Branca do Amapari, Laranjal do Jari e Vitória do Jari
Economicamente, Mazagão já foi conhecida pela sua agricultura e pelo destaque no setor oleiro-cerâmico, ambos em declínio na região. Na atualidade, o setor público é a base econômica do município. O setor primário é representado pela criação de gado bovino, bubalino, suíno, caprino e equino, avicultura e pesca.
Outro modo econômico se significação é o extrativismo com destaque para o cultivo da castanha-do-Brasil, extração de madeira para a fabricação do carvão e de móveis e, ainda, a extração do látex da seringueira, comercializada fora do Estado. Quanto ao setor secundário, a cultura do açaí e as já poucas olarias para fabricação de tijolos.
O comércio local ganhou força e tende a se desenvolver desde quando foi inaugurada a ponte sobre o rio Matapi, encurtando o tempo de viagem para as localidades daquele município.
O turismo religioso tem muita força em Mazagão. A festa de São Tiago, realizada anualmente entre os dias 16 e 28 de julho, no distrito de Mazagão Velho, é o carro-chefe. A padroeira do município é Nossa Senhora da Assunção
Apesar da notoriedade de São Tiago, a padroeira de Mazagão é Nossa Senhora da Assunção, que dá nome à Paróquia de Mazagão Novo. Na sede do município, grupos culturais como o São Sebastião. Na Vila Maracá, acontece o Festival da Castanha, no mês de junho. A cachoeira do rio Maracá e para a paisagem bucólica do Lago do Ajuruxi, completam as atrações turísticas do município.