Josiel Alcolumbre – Jornalista
Mais uma semana de decepções da população de Macapá, às vésperas de completar 266 anos, o sítio urbano organizado mais antigo da região que constitui o Estado do amapá, com o prefeito da cidade.
O episódio dos ônibus antigos, recuperados, e que chegaram para substituir a frota de ônibus urbanos que circula na cidade devido ao enfrentamento que a administração municipal escolheu manter com os responsáveis pelas empresas de transporte coletivo na Capital, irrita a população pela escolha da solução.
Uma cidade que vem experimentando um crescimento populacional a taxas superiores à média nacional e com uma gestão que não se antecipa às necessidades desse crescimento, claro que vai ter problema para locar, de forma minimamente organizada, aos que chegam para morar na cidade e que vem em busca de emprego, atendimento educacional regular e de saúde.
Já não bastava a crise na relação entre os gestores municipais e os donos de veículos, na inaceitável indefinição do valor da tarifa a ser cobrada dos usuários, ainda vem agora mais esse motivo para acirrar, ainda mais, a animosidade.
Os reflexos estão escancarados nas dificuldades daqueles que não têm alternativa para o deslocamento de suas moradias até o seu local de trabalho, à escola onde estuda, ou mesmo aos pontos de lazer que estão concentrados especialmente na frente da cidade.
A proposta de tarifa zero para o usuário está se tornando absolutamente necessária para poder devolver, ao modo de vida da população, o uso do sistema de transporte coletivo e, com isso, cessar o uso do chamado “transporte pirata” que se constitui na alternativa possível para o atendimento precário da população.
São fatos que precisam ser analisados urgentemente por todos aqueles diretamente envolvidos, mas, dessa análise não pode estar afastada a qualidade do serviço, o que não será minimamente atingida se a administração partir para soluções como a de colocar nas rotas definidas, ônibus já vindo de restauração.
A população não merece!