Especialistas destacam as desvantagens do uso desses dispositivos nas escolas, não há como reconhecer inovação.

O programa de inclusão à educação promove chances especiais em escolas de várias localidades do país.

Com a tecnologia cada vez mais presente no cotidiano, o uso de celulares nas escolas tem gerado debates constantes sobre seus impactos na educação.

Se por um lado esses dispositivos podem ser ferramentas úteis, por outro, o abuso no uso em sala de aula vem preocupando muitos professores. A pergunta que se destaca é: os celulares são aliados do ensino ou verdadeiros vilões?

Durante as aulas, é comum professores se depararem com o silêncio dos alunos ao questionar se algo precisa ser esclarecido. “Alguém ficou com alguma dúvida?”, “gostariam de acrescentar algo?”, perguntas que muitas vezes recebem um silêncio constrangedor como resposta. Ao olhar para os alunos, a cena é comum: cadernos abandonados e celulares nas mãos, levando-os a outro mundo, longe da matéria.

Muitos profissionais da educação poderiam desejar uma fórmula mágica para resolver essa questão. O uso de celulares em sala de aula é apontado por pesquisadores da área como um dos maiores desafios para melhorar o ambiente de aprendizado. Eles reforçam a necessidade de capacitar os docentes para lidar com essa nova realidade e alertam para a importância de criar condições que permitam uma interação saudável entre alunos e tecnologia.

Celular na sala de aula

O uso de celulares em sala de aula no Brasil é uma questão que divide opiniões e gera restrições em diversas escolas. Muitas instituições, tanto públicas quanto particulares, têm implementado medidas para proibir ou limitar o uso dos aparelhos, como no Rio de Janeiro, onde um decreto de 2023 proibiu o uso de celulares em escolas municipais.

Essas medidas refletem uma tendência internacional, conforme apontado no Relatório de Monitoramento Global da Educação da Unesco, que destacou o impacto negativo da exposição excessiva às telas no desempenho acadêmico e saúde mental dos alunos.

Pesquisadores apontam que, embora a proibição seja uma solução imediata, o foco deveria estar em orientar o uso consciente e produtivo da tecnologia. Campos ressalta que, além de leis, é necessário criar diretrizes para integrar os celulares de forma mais eficiente no ambiente educacional. A proibição total, embora compreensível, não deve ser a única solução para o desafio tecnológico nas escolas.

Desvantagens

Dentre as desvantagens apontadas estão a distração dos alunos, a exclusão de estudantes sem acesso a celulares e o aumento do cyberbullying. No entanto, muitos especialistas acreditam que, com um uso moderado e guiado, os celulares podem ter um papel positivo na educação, como o acesso facilitado à informação e pesquisas.

A preocupação também se estende aos problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, agravados pelo uso prolongado de telas.

Inclusão

Investir em uma educação de qualidade é o desejo de muitas famílias, mas custear o valor integral das mensalidades pode ser um obstáculo para muitas outras. Há quem defenda que é necessário investir em uma educação básica com bolsa de estudo.

O programa de inclusão à educação promove chances especiais em escolas de várias localidades do país.