Rodolfo Juarez

Na sexta-feira da semana que passou, dia 22 de novembro, um episódio lamentável foi registrado durante a solenidade de entrega à comunidade da primeira parte das melhorias no Hospital da Mulher Mãe Luzia, em Macapá, a Unidade de Terapia Intensiva do hospital – UTI Neonatal, ampliada para 32 leitos, incluindo incubadoras e berços aquecidos.

Além disso, o governador entregava um espaço de acolhimento com classificação de risco, sala vermelha e sala de observação, todas totalmente reformadas e adaptadas às exigências de qualidade que o protocolo recomenda além de melhorias nas redes elétricas, de esgoto, hidráulica, hidrossanitária, cobertura, forro, pintura adequada, pisos, calçadas, revestimento cerâmico e iluminação em led.

Ao término da solenidade de entrega das melhorias, o governador resolveu fazer uma visita ao ambiente e às pessoas, pacientes e acompanhantes, que estavam sendo atendidos na ocasião, ou na espera para atendimento.

Durante a visita, alguns dos acompanhantes de pacientes que estavam aguardando atendimento ou que tinham seus acompanhados internados, começaram: primeiro a questionar o governador e, depois, passaram a xingá-lo com palavras ofensivas e, inclusive, com ameaças “…se acontecer alguma coisa com um filho meu…”.

Esse momento foi vexatório para o governador e a comitiva que o acompanhava, deixando o chefe do Executivo amapaense, sem alternativa, a não ser retirar-se, de certa forma escorraçado por aqueles que mostravam inconformismo com o governador e completo desrespeito com a autoridade.

Uma grotesca falha da segurança institucional e do gabinete que organiza e deveria bem tratar das saídas do governador para esse tipo de evento.

Não é admissível submeter uma autoridade, seja o governador ou outra pessoa qualquer, a esse tipo de situação. Faltou zelo, cuidado e, acho até compromisso com as atribuições que o Estado reserva para aqueles que ganham os seus salários para cuidar da autoridade do governador.

Nem a pessoa do professor Clécio ou do político Clécio pode ser xingada como foi, imaginem a pessoa investida na autoridade de governador do Estado. Foi lamentável o descuido da segurança institucional. A imagem do governador precisa ser preservada com providências que cuidem para que isso não aconteça.

Não se trata de ser popular ou não ser popular, ser político ou não, gostar ou não de como a autoridade age. Trata-se do cumprimento de uma obrigação de um grupo de pessoas que precisa se antecipar para evitar que esses constrangimentos ocorram.

Naquele momento, os xingadores praticaram crimes que poderiam ter sido evitados.

De pouco adianta agora, o cidadão Clécio Luis, representar, criminalmente, contra os seus ofensores. O estrago moral e político está feito! Há situações que não têm reparo…

Chamar o governador do estado de “vagabundo” ou “bandido” como foi chamado, além de ser um grave desrespeito veio como complemento de uma frase muito forte, dita por um dos presentes e com o apoio velado de outras pessoas que estavam no local.

Isso não poderia ter acontecido, afinal o Estado paga um grupo de pessoas para evitar exatamente esse tipo de ataque, ouvir e ver essas situações choca a todos, inclusive os que agora estão lendo este artigo.

A agressão verbal sofrida pelo governador Clécio é muito forte e deixo de transcrevê-la em respeito à autoridade do Executivo do Estado do Amapá.