Rodolfo Juarez

 LAUDO SUÍÇO

O dia 1º de dezembro é uma data importante para os brasileiros que moram no Amapá e mais importante ainda, para aqueles que moram na região que fica entre os rios Oiapoque e Araguari. Esta região foi, por muito tempo, contestada pelos franceses que requeriam para a Guiana Francesa toda aquela área. alegando que o rio que Vicente Pinzon descrevia era o rio Araguari e não o rio Oiapoque. A disputa só foi resolvida em 1.º de dezembro de 1900, como o Laudo Suíço.

OS FRANCESES

Historiadores registram que em 1643, os franceses fundaram, na atual Guiana Francesa, a cidade de Caiena e logo iniciaram uma série de incursões ao território que era do domínio da coroa portuguesa e que hoje pertence ao estado do Amapá. A pretensão francesa gerou uma crise diplomática que se arrastou durante o início da República.

REPÚBLICA

Com a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889, a questão território contestado foi assumida pelo Brasil, agora uma república que tinha que atuar com nação, o que fez, designando um diplomata, o carioca José Maria da Silva Paranhos Júnior, professor, político, jornalista, historiador, biógrafo e um dos maiores estadistas da história brasileira e, hoje, patrono da diplomacia brasileira.

BARÃO DO RIO BRANCO

Barão do Rio Branco foi ministro das Relações Exteriores do Brasil de 1902-1912 e passou para a história brasileira por ter resolvido importantes questões de fronteiras com a Argentina, Bolívia e França, está última, exatamente a questão do região contestada pelos franceses e que fica entre os rios Oiapoque e Araguari.

HOMENAGEM EM MACAPÁ

O governo do Território Federal do Amapá, que perdurou até dezembro de 1990, homenageou José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, perpetuando seu nome e sua referência em um dos primeiros estabelecimentos escolares em Macapá, o Grupo Escolar Barão do Rio Branco e a ampla praça que fica em frente à escola.

HISTÓRIA

Barão do Rio Branco é uma referência ao título de nobreza conferido a Cândido Rondon de Moura (1845-1912), pelo imperador Dom Pedro II, no final do Império, em 1888. A capital do Acre, Rio Branco, recebeu esse nome em homenagem à vitória diplomática do Barão sobre a Bolívia. Outros logradouros, pelo Brasil, têm o nome de Barão do Rio Branco.