Josiel Alcolumbre – Jornalista
De um modo geral, uma elevação da taxa Selic beneficia os investimentos de renda fixa, que oferecem remuneração baseada em jurus. É o caso dos títulos públicos do governo federal, dos tradicionais CDBs emitidos pelos bancos, das letras de crédito, das debêntures, entre outras opções.
Segundo o estudo, a taxa média para os microempreendedores individuais está atualmente em 44,04%. Já para as microempresas, a média atual é de 42,49% e para as empresas de pequeno porte (EPP) fica em 31,54%.
O fato é que com o ciclo de alta da Selic, os produtos de renda fixa tendem a ganhar ainda mais atratividade, pois a tendência é que a rentabilidade cresça sem grandes riscos. Os títulos públicos pós-fixados (cuja remuneração final depende da Selic ou do IPCA), como o Tesouro Selic e o Tesouro IPCA+, tendem a ter um retorno maior.
É certo que a taxa Selic, ou taxa básica de juros, afeta os microempreendedores individuais (MEIs) de diversas formas, podendo ser destacadas as seguintes:
- a) impacto no acesso ao crédito: a manutenção da Selic dificulta o acesso ao crédito para os pequenos negócios;
- b) encarecimento de dívidas: o aumento da Selic aumenta o custo das dívidas, especialmente aquelas com juros variáveis;
- c) impacto nos custos operacionais: a alta da Selic afeta os custos operacionais e de insumos das empresas.
De acordo com um levantamento do Sebrae, a taxa de juros para empréstimos a MEIs é mais de quatro vezes maior que a Selic. Em alguns pontos dos território nacional a taxa para MEIs pode chegar a 51% ao ano, enquanto a média nacional é de 44,04%.
Para conviver com as flutuações da Selic, as empresas podem: a) gerir o caixa de forma diária; b) Gerir os investimentos; c) Gerir as contas a pagar e a receber; e b) apurar e monitorar os resultados por meio do Demonstrativo de Resultados Mensal (DRE)