Rodolfo Juarez
Vou começar, aqui neste espaço, uma série de historinhas contadas a partir de ocorrências reais e das quais tive direta participação. São histórias que considero interessantes, vividas aqui no Amapá, desde quando aqui cheguei, em 11 de dezembro de 1959, vindo pela primeira vez.
Essas historinhas tem a ver com acontecimentos que, de alguma forma, servem para contar um pouco de como fora a sociedade local, seja no setor empresarial, esportivo, político e administrativo. Todas absolutamente reais.
A de hoje tem a ver com política e interior do Estado. Com o título: “Em missão política quase “levo-a-breca” na Rodovia BR-210, Porto Grande – Serra do Navio” e a retranca: “O objetivo era dar posse aos dirigentes das Comissões Provisórias Municipais do Partido Progressista em Serra do Navio e em Pedra Branca” – passo a contar a historinha.
Era o dia 3 de setembro de 2011, um sábado e, nesse tempo, além das atividades profissionais que exercia, também estava designado como secretário-geral do Partido Progressista (PP) e cumpria um cronograma de reuniões para filiação de eleitores no PP e posse dos dirigentes das Executivas Municipais do partido em todo o Estado do Amapá.
Foram programados e realizados 10 deslocamentos sob minha coordenação, começando no dia 5 de agosto de 2011 em Cutias e Itaubal, municípios da 10.ª Zona Eleitoral, prosseguindo até o dia 2 de outubro de 2011, quando seria realizado, como foi, um grande encontro, em Macapá, município que, como hoje, é atendido por duas Zonas Eleitorais, a 2.ª e a 10.ª.
Naquele sábado, dia 3 de setembro, era o 5.º deslocamento da caravana e, antes da chegada dos dirigentes estaduais e detentores de mandatos filiados ao PP, devíamos estar naquele dia, desde às 8 horas da manhã, na sede do município de Serra do Navio para, em seguida, “descer” para Pedra Branca do Amapari, onde estava programado o almoço e à tarde, a reunião da direção estadual do Partido com as lideranças do PP em Pedra Branca.
Saímos de Macapá às 6 horas da manhã: o Jorge Ramos, na direção do carro utilitário e que, no local, atuaria como fotógrafo; o Mike Chagas, membro da Comissão Provisória Estadual do PP que, durante a reunião identificaria os melhores temas para o mote da campanha eleitoral que se aproximava.
Ainda na ida, às proximidades da Escola Agrícola e da entrada para a sede do município de Pedra Branca, o carro derrapou e virou. Capotou e ficou com as rodas para o alto. O motorista (Jorge Ramos) e os passageiros (Rodolfo Juarez e Mike Chagas) estavam com os cintos afivelados. Ficamos flutuando no ar.
Os condutores de outros veículos que passavam no local do acidente começaram a parar e um deles, parou, retirou um ferro de cova do carro no qual viajava e começou a tentar liberar a porta do veículo que estava virado, para possibilitar a saída do condutor e dos passageiros.
Quando avançava para liberar a porta, viu uma linha de óleo diesel, escorrendo pelo chão. Nesse momento ele gritou: “Esse carro vai explodir! Saiam, saiam”, dizia em tom desesperado o voluntário que já tinha o acompanhamento de outros curiosos.
Nesse momento tivemos que nos livrar dos cintos que nos sustentavam no ar e, foi nesse momento que tive o maior prejuízo: caí de boca na alavanca de câmbio do carro. O choque forte avariou todos os meus dentes que, mais tarde, viria ser, aqueles que ainda ficaram presos, retirados pelo odontólogo, Dr. Paulinho Ramos.
Escapei por pouco e aqui estou contando essa historinha. Jorge Ramos e Mike Chagas saíram ilesos. O Mike me acompanhou para Serra do Navio, para onde fomos em seguida e o Jorge ficou esperando o socorro que levaria o carro de volta, em uma carreta, para Macapá.

Na foto: Jorge Ramos e um curioso, depois do acidente, na Rodovia BR-210 que vitimou ao condutor Jorge Ramos, ao designer Mike Chagas e a mim.