Rodolfo Juarez

Amanhã termina o ano de 2025. Um ano difícil para a imensa maioria dos habitantes deste planeta que contou com gestores públicos confusos em seus objetivos e planejamentos, errando na maioria das suas decisões e obtendo resultados que, quando muito, interessaram a pequenos grupos de pessoas previamente selecionados, obedientes e incentivadores dos planos daqueles dirigentes.

O Brasil deixou escorregar entre os dedos, com a realização da COP30 em Belém do Pará, a oportunidade de ver confirmado pelo resto do mundo a tese de que a Amazônia representa 20% de todas as florestas do planeta e que contém mais da metade, entre 50% e 60%, de todas as florestas tropicais úmidas remanescentes no planeta.

O primeiro quarto do século XXI termina confuso entre os homens com mais de 50 conflitos estatais ativos globalmente, o maior número desde a segunda guerra mundial. As guerra Rússia-Ucrânia, guerra na Síria, guerra civil no Sudão, em Mianmar, conflitos entre Israel-Hamas/Hezbollah na Faixa de Gaza, Cisjordânia e Líbano, na República Democrática do Congo, no Iêmen, são os conflitos mais referidos pelo noticiário nacional e internacional.

Nesse tempo e no Brasil as principais dificuldades econômicas na atualidade incluemelevado Custo Brasil, com carga tributária alta, burocracia e infraestrutura precária. Além disso, a baixa produtividade, as dificuldades fiscais e alta dívida pública leva ao desemprego, à informalidade, à desigualdade socialà qualidade da educação e ao baixo investimento em tecnologia, o que impacta no poder de compra, no crescimento e na competitividade do país.

As consequências econômicas implicam nas dificuldades sociais do Brasil que giram em torno da desigualdade profunda, escancarando a pobreza, a fome, o desemprego, além da falta de acesso a serviços básicos como educação, saúde e saneamento, o que é piorado pela violência, criminalidade e questões como segregação urbana e disparidade de gênero/raça, tudo isso agravado por má gestão e concentração de renda.

O Estado do Amapá termina o primeiro quarto do século XXI tendo as principais dificuldades econômicas diretamente ligadas ao seu isolamento geográfico, à infraestrutura deficiente, à forte dependência do setor público e ao desafio de conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental de seu território.

Embora o estado demonstre crescimento do PIB acima da média nacional em alguns períodos e haja a expectativa de grandes investimentos, como na exploração de petróleo, essas dificuldades estruturais persistem e representam os principais desafios econômicos na atualidade.

Esses desafios implicam diretamente nas dificuldades sociais enfrentadas pelo Estado do Amapá que incluem também, altas taxas de violência e criminalidade, problemas graves de saneamento básico e habitação, e desafios relacionados ao isolamento geográfico  que afeta severamente o desenvolvimento econômico.

Apesar das promessas feitas durante as campanhas políticas, as ações imediatas e os programas e projetos implementados, o setor saúde do Estado do Amapá não atende às necessidades da população e deixa o Amapá sendo o único estado da federação que não possui os programas de doação de órgãos e em consequência os programas de transplante de órgãos, um atraso inexplicável e difícil de ser aceito pelos pacientes que necessitam de um transplante.

O próximo quarto do século começa dia 1.º de janeiro de 2026 e, quem sabe, o sistema de saúde a os interesses da população melhorem de patamar na agenda.