Afinal, por onde anda o vice-governador Jaime Nunes?
Sumiu, escondeu-se ou anda muito ocupado com questões que não são públicas e prefere ficar à sombra dos acontecimentos.
Nesse momento de dificuldade na gestão estadual a população via no tino empresarial do vice-governador a possibilidade de serem construídas saídas para que o Governo parasse de andar para trás, acendesse as luzes do desenvolvimento e anunciasse um futuro melhor para os descendentes daqueles que desbravaram essas terras e a declararam promissoras.
A presença de um empresário no comando do Estado era visto, pelo eleitor, como uma oportunidade para que as teorias empresariais vencedoras fossem aplicadas na Administração Estadual e houvesse reflexo na melhoria da qualidade de vida dos que moram aqui, exatamente como foi dito, pelo próprio candidato a vice-governador do Estado.
Sair do circuito por onde anda o desenvolvimento ou subdesenvolvimento pode não ser o melhor caminho, mesmo para aqueles que se decepcionaram com as companhias, com as alianças ou com as promessas feitas e não cumpridas.
Acontece que o vice-governador abriu uma janela no rumo da esperança, vendeu muito bem essa ideia e, agora, de freio puxado, vai ficando para trás sem qualquer justificativa e, desaparecendo aos poucos para a sua conveniência e para a decepção da população.
O vice-governador Jaime Nunes dava atenção a todas as camadas e distinguia cada uma delas com tratamento diferenciado. Agora, sem exceção, aqueles que tinham o hábito de comunicar-se com o empresário perderam o canal, ou melhor, ele desapareceu de circulação, agindo como a maioria dos políticos que assumem cargo público e dele não quer prestar contas, preferindo ficar à sombra.
No momento a Administração Estadual enfrenta greve dos professores que pedem mais de 50% de reposição salarial, uma investigação na administração da Companhia de Água e Esgotos do Amapá – Caesa. A administração estadual também passa por aperto financeiro que atrasa o cronograma de obras importantes e não dá fôlego para iniciar novas obras ou criar condições para que se toquem as obras, por exemplo da BR-156.
São mais de 100 obras paradas em todo o Estado, a maioria de infraestrutura, que precisam de mais de um bilhão de reais para serem concluídas e, nesse sentido, não se move um graveto.
De vez em quando o Ministério Público do Estado se vê obrigado a pedir à Justiça Estadual o bloqueio de contas para conclusão de obras de escolas estaduais ou, como recentemente, dá prazo para a conclusão da maternidade da Zona Norte.
Nesse momento, diga-se, o vice-governador aparece nas fotos, emprestando a credibilidade que ainda resta e a confiabilidade na palavra.
Até quando vai conseguir agir assim? Daqui a pouco, se não tiver o comando de parte do Governo, sua voz não será ouvida por ninguém e, só a partir daí declarar que está insatisfeito como fez o vice-governador anterior, o médico João Bosco Papaléo Paes, vencido pelo puxa-saquismo e pela falta de atenção, teve que renunciar ao cargo.
Para o vice-governador Jaime Nunes ainda há tempo para abrir o braço e não deixar-se engolir pela vaidade, pelo poder e principalmente, pela arrogância. Religar o seu antigo telefone e falar normalmente com as pessoas, como Jaime, empresário e dirigente empresarial.