As altas temperaturas que estão sendo medidas, atualmente, no Amapá indicam que as cautelas precisam ser adotadas para que a população não seja surpreendida com os grandes incêndios urbanos.
A Defesa Civil do Estado deve estar atenta para essas ocorrências possíveis e preparada para intervir se valendo dos equipamentos que dispõe e de experiências que teve quando das ocorrências, principalmente em bairros com alta densidade populacional e onde há a prevalência das habitações em madeira.
O vento e o tempo quente sabidamente são fatores que favorecem aos sinistros urbanos e, mesmo reconhecendo essa condição, não se observam tomadas de providências no sentido de melhorar a forma de enfrentar os acontecimentos como de informar a população da melhor maneira de se prevenir contra os incêndios.
Não custaria uma divulgação pelos meios de comunicação de massa e as redes sociais, para que todos conhecessem melhor essa possibilidade e encontrassem uma maneira de, em ocorrendo o fato, melhor se proteger.
O que se vê de improvisação antes da ação do Copo de Bombeiro Militar e, mesmo durante a ação dos bombeiros, quando a vizinhança se depara com uma situação dessas é o retrato do caos, onde todos querem ajudar, mas não sabem como e, nesse momento, em alguns casos, o que poderia ser uma ajuda passa a ser uma dificuldade a mais para ser vencida.
Por isso, uma campanha educativa durante os meses de setembro, outubro e novembro seria muito importante. Atribuindo a cada qual o que pode fazer em um momento como o de combate ao fogo em residências ou casas de comércio.
Não adianta esperar pela sorte – ou esperar que o período do ano com sol intenso passe para que, também passe o perigo.
Outras providências podem ser tomadas pelos próprios moradores, aliados com a Defesa Civil como, por exemplo, uma vistoria no sistema elétrico da residência, um dos principais motivos para o início dos sinistros. Sempre a primeira hipótese são as ligações, principalmente as clandestinas, mas também perfeitamente possíveis naquelas legalizadas e que são deixadas, por muito tempo, sem vistoria e com acréscimo de carga interna na casa, mantendo a mesma fiação e o mesmo sistema de tomadas e bocais.
Claro que seria um compromisso social da própria companhia concessionária de distribuição de energia elétrica, ou mesmo, na condição de serviço precário prestado pela CEA em todo o Estado, um alerta, nem que fosse apenas como um chamamento de atenção que poderia ser feito na conta de energia que distribui para os consumidores, alertando para o perigo dos incêndios nesse período do ano.
Não é que apenas o aviso resolvesse todos os riscos, mas certamente chamaria a atenção do consumidor, pois, afinal de contas, é na casa que estão seus familiares e seus bens mais preciosos.
São medias dessa ordem que poderiam estar na mídia e nas redes sociais, como também a mídia e as redes sociais poderiam despertar e propor, em forma de chamada de atenção, para cada um dos habitantes das cidades, no sentido de se acautelarem e terem certeza que podem minorar as ocorrências.
Acredito que uma vida é muito mais importante que uma árvore e vejo que as pessoas se posicionam contra a queima de um campo ou de arvores, e não se posicionam contra a perda de vidas em incêndios urbanos.