Josiel Alcolumbre
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O cenário aos poucos vai ficando mais nítido para o eleitor, devido à aproximação do prazo para a realização das convenções partidárias. Chega a hora de finalizar as especulações, questões que levam ao “vou ver se cola” e verificação de popularidade, para definir candidatura.
Até o fim do mês acabam os ensaios feitos pelos pré-candidatos que disfarçam suas propagandas pelo rádio e pela televisão, uma vez que, a partir do dia 30 de junho, segundo o Calendário Eleitoral de 2018, passa a ser vedado às emissoras de rádio e televisão transmitir programa apresentado ou comentado por pré-candidato.
O eleitor ganha o tempo necessário para ficar livre das tendências e analisar o que melhor pode fazer no dia 7 de outubro, quando irá à sua seção eleitoral para votar nos candidatos que entende ser os melhores para representá-lo na Assembleia Legislativa, na Câmara dos Deputados e no Senado da República, além daqueles que vão administrar os seus interesses, e da população, no Governo do Estado e na Presidência da República.
Os que são pré-candidatos, terão um mês ou mais, a partir de 5 de julho, para convencer os convencionais do seu partido, que a sua candidatura é a melhor, tanto para o partido como no convencimento do eleitor. É o espaço para que o candidato se volte para dentro dos partidos e garanta que seu nome passe na convenção partidária que será realizada a partir do dia 5 de agosto quando os partidos começam a deliberar sobre coligações e escolha de candidatos.
São 30 dias que a legislação eleitoral reserva para as campanhas intrapartidárias exercitando o princípio básico da democracia, com decisão finalística, através do voto, sobre os candidatos que cada partido escolherá para disputar as eleições de 2018.
Não há dúvida que há um novo componente que vai pesar nas decisões dos partidos: o Fundo Eleitoral Público, a alternativa criada pelo sistema para substituir a desgastada doação de empresas. Afinal são quase dois bilhões de reais a serem distribuídos entre os paridos para gastar as respectivas campanhas.
É possível que a divisão do dinheiro que couber para a campanha de cada um dos partidos, se torne um problema, uma vez que a incumbência da divisão do “pacotão” é de responsabilidade do Diretório Nacional de cada partido, o que sugere interesses muito fortes e a possibilidade de influenciar no número de candidatos, principalmente para o Senado, onde os “caciques” precisam “bater o mesmo tambor”.
Por aqui, no Amapá, já se observa o reflexo disso, mas a decisão é limitada pela própria lei eleitoral. Administrar o contexto é uma incumbência atual e futura de cada partido.