Rodolfo Juarez
Amanhã, dia 16 de setembro, acaba o período, começado no dia 31 de agosto, para os partidos políticos realizarem as suas convenções, escolherem os seus candidatos a prefeito, a vice-prefeito, a vereador e a forma de distribuição do Fundo Eleitoral, que será o principal financiador dos candidatos.
As regras básicas estão definidas em resoluções do TSE em uma forma de democratizar os recursos deste Fundo. Em todos os tempos os candidatos a vereador, principalmente os novatos que precisam provar a sua capacidade de votos, foram prejudicados na distribuição dos recursos pelo partido. Os “caciques” pousavam de dono da verba e distribuíam os recursos de campanha segundo a sua própria regra.
Nesta nova realidade, mesmo com a fragilidade da fiscalização, a não ser quando depois de tudo passar, na prestação de contas do partido e dos candidatos, se apura as irregularidades, mas para o efeito eleitoral “Inês é morta”.
Pelo menos agora se tem algumas tentativas de organizar a distribuição do dinheiro. As candidatas mulheres, no total, receberão o percentual que representam na chapa, muito mais fácil de fiscalizar, pois não tem coligação. Também é obrigatória a entrega de parcelas correspondente à representação na chapa, para candidatos negros e com dificuldades de locomoção.
Ainda com todas essas medidas corretivas, sempre tomando por base as injustiças na distribuição dos recursos do Fundo nos pleitos anteriores, e só provadas essas injustiças durante a análise das prestações de contas, que deve, nestas eleições municipais, serem apresentadas em duas etapas e em datas diferentes, pode melhorar esse processo de distribuição, mesmo sabendo que cada partido pode ter uma forma, definida em seus estatutos, para distribuir o dinheiro do Fundo.
Quando se refere aos eleitores, as campanhas políticas podem utilizar – e utilizam – os dados pessoais do eleitor para persuadi-lo na conquista do seu voto.
O eleitor já deve estar vendo anúncios políticos em todo lugar: desde sites que o eleitor visita, seu feed em redes sociais, até panfletos na sua porta. Parece que todo mundo está falando sobre os assuntos que são mais importantes para você.
E isso não é coincidência!
Quanto mais os organizadores das campanhas políticas sabem sobre o eleitor, mais eles conseguem influenciar o eleitor – seja por meio de recrutamento para trabalhar voluntariamente na campanha, ou encorajando a doar, mudar seu voto, fazendo você ir até o local de votação no dia da eleição e votar no candidato que eles escolhem e não no candidato que o eleitor, a priori, havia escolhido.
Para os dirigentes das campanhas obterem informações sobre quem é o eleitor e como influenciá-lo, vão para os seus registros nas redes sociais. As propagandas políticas são cada vez mais moldadas pelos rastros que o eleitor deixa na vida, tanto on-line como off-line.
Os dirigentes das campanhas políticas reúnem todos esses dados sobre você, buscando muitos lugares diferentes para se utilizar dessas informações para criar um perfil sobre o eleitor. Esse perfil os ajuda a descobrir quais candidatos ou pautas você acharia mais pertinente, e direciona mensagens customizadas para o eleitor, que pode ser você.
Com base no seu perfil, uma campanha pode enviar: um panfleto, fazer um filtro no Instagram, convencer a baixar o aplicativo da campanha, uma mensagem de texto, ou um e-mail ou telegrama, etc.