Rodolfo Juarez
Está confirmada para o dia 1.º de outubro, quinta-feira, das 8h às 19h as eleições do Sistema Confea/Crea e Mútua, quando serão eleitos os presidentes do Confea e dos Creas e da Mútua.
Neste ano, além da eleição para os cargos de presidente do Confea e dos Creas, também serão eleitos cinco conselheiros federais: Bahia, Tocantins, Maranhão, Paraná e Rio Grande do Sul, além dos diretores-gerais e administrativos das Caixas de Assistência dos profissionais dos Creas (Mútua).
Em Macapá, onde está a sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amapá (Crea/AP) os candidatos terão que enfrentar o atual presidente no cargo, o que torna a disputa desigual, uma vez que mesmo licenciado, influencia diretamente e leva vantagem sobre os demais concorrentes. Mas tem sido sempre assim.
No dia 17 de dezembro de 2021 eu completo 50 anos de formado em Engenharia Civil. Durante esses 48 anos e quase nove meses, não consegui compreender o apego dos presidentes eleitos, seja dos Creas seja do Confea, ao cargo de presidente, uma vez que nem o vice-presidente é eleito. A substituição nas faltas e impedimentos é feita por terceiros que não receberam voto e, apesar das Engenharias serem uma ciência exata, os princípios dessa exatidão não são aplicados quando o presidente está no cargo. Raras são as vezes que não tenta a reeleição.
Uma comunidade eleitoral relativamente pequena, que sabe – ou devia saber – a importância do Conselho Regional, não consegue ser motivada para comparecer às urnas no dia da votação.
Os últimos três pleitos realizados em 2011, 2014 e 2017, contou com baixa frequência de engenheiros votantes.
Em 2011, compareceram 511 profissionais para votar; em 2014 compareceram 475 profissionais para votar; e em 2017 compareceram 556 profissionais. Mesmo assim ainda temos votos contabilizados como votos brancos e votos nulos, por isso os votos válidos nas eleições referidas foram apurados assim: em 2011 foram apurados 488 votos válidos; em 2014 foram apurados 474 votos válidos e, em 2017 foram 547 votos válidos apurados.
O sistema de votação é universal e está normalmente se valendo de urnas emprestadas pela Justiça Eleitoral. Este ano, devido a eleição ter sido adiada sucessivas vezes é possível que não haja condições de contar com as urnas que, até o dia 1.º de outubro possivelmente já estarão lacradas e prontas para serem enviadas para as seções eleitorais visando a eleição do dia 15 de novembro.
Outro aspecto a ser considerado é a distribuição das seções eleitorais. Em 2017, ano da última eleição, foram 5 seções eleitorais: duas em Macapá (na sede do Crea/AP), uma em Santana, na sede da Agência de lá e duas em Pedra Branca, em uma das empresas que atua na extração de minério naquele município.
O processo eleitoral é dirigido pela administração através de uma Comissão Eleitoral Nacional e uma Comissão Eleitoral em cada Estado.
O sistema de fiscalização não corresponde à necessidade da eleição, prospectando desconfiança e desilusão entre os candidatos.
Estes candidatos alegam que o sistema eleitoral favorece quem está no poder, o que não deixa de conter boa massa de verdade. O assunto é debatido quando a eleição está distante, mas não produz resultado, uma vez que quando chega o pleito os métodos não mudam.
Como em qualquer outra instituição o momento da eleição é o momento de quitar o que deve para poder ter direito ao voto.