Josiel Alcolumbre

Os últimos dias têm mostrado a todos nós as dificuldades adicionais a que estão sendo submetidos os brasileiros que vivem na Amazônia.
O que vem acontecendo em Manaus, a cidade mais populosa da Região, com mais de dois milhões e duzentos mil habitantes, a sétima população de uma capital brasileira, incluindo Brasília, é o resultado da falta de planejamento local e regional que faz falta na equalização das necessidades que precisam ser organizadas em grupos de prioridade.
Neste momento unidades hospitalares, com equipamento e pessoal treinado, existentes na capital amazonense são insuficientes para atender à demanda decorrente da Covid-19.
Desde muito que são tentadas janelas que possibilitem o desenvolvimento econômico da região, entregando aos investidores o que poderia financiar os custos sociais da população e, tudo isso, sem qualquer compensação.
Vem sendo assim desde o Governo Getúlio Vargas, quando criou a SPVEA – Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia (órgão já extinto) e, mais recente, quando foi criada a Zona Franca de Manaus.
Com as empresas vieram os empregos, mas também vieram os familiares dos empregados e a necessidade da assistência social, de escolas e casas de saúde, mas isso não foi levado em consideração. A cidade cresceu na mesma proporção que os problemas sociais cresceram.
O que está acontecendo em Manaus poderia estar acontecendo em quaisquer das outras capitais amazônidas. Manaus era a concentração mais previsível pelo inchaço populacional, proliferação da miséria, aumento dos problemas sanitários e as consequências para a saúde pública.
Mesmo assim se deu preferência à construção da Arena da Floresta, um “gigante” adaptado a cada circunstância e abandonado na maior parte do tempo.
Em Macapá, se não fosse o Hospital Universitário, mesmo com o mínimo de equipamento e pessoal, poderíamos estar também com a falta de tudo, inclusive oxigênio, e teríamos pessoas morrendo por falta de assistência.
Ainda bem que o senador Davi e parte da bancada federal foram decisivos trabalhando para manter o cronograma de construção do prédio do hospital que hoje é a esperança de muitos que são afetados pelo vírus que provoca a Covid-19.
Ainda bem!