Josiel Alcolumbre
Desde o início deste ano a coleta de lixo domiciliar está em descontinuidade, complicada e deixando vários problemas para serem assimilados pela população da capital do Estado, sem aviso e sem regra. E agora, os moradores da parte da cidade que fica entre o centro e a periferia começam a denunciar, com frequência, a volta das lixeiras viciadas e a irregular passagem do carro de coleta do lixo domiciliar.
Problemas que já estavam equacionados e mantinham um acompanhamento que apontava a regularidade no serviço e, agora, já começa a perder a qualidade e deixar os moradores preocupados com o futuro próximo, esse mesmo que está sendo marcado com forte alagamento de áreas urbanas, acúmulo de lixo com medo do problema aumentar.
Houve pressa na substituição da estrutura administrativa que estava enfrentando as questões urbanas e rurais do Município de Macapá, dando a impressão que havia outra pressa maior: atender as pressões políticas exercidas por aqueles que participaram da campanha, principalmente aqueles que não foram para o segundo turno de votação.
O tempo curto entre a eleição realizada em dezembro do ano passado e a posse efetivada no dia 1.º de janeiro deste ano, não permitiu a realização de uma efetiva transição. Foi possível apenas prestação de rápidas informações entre a equipe que recebia a administração municipal e aquela que deixava a administração.
Daí teria que haver cautela da gerência geral do município, na figura do prefeito que assumira o cargo, para fazer as substituições dos auxiliares diretos que participavam no exercício que terminara a gestão para os substitutos designados para retomar os trabalhos, conforme a escolha do eleitor, do prefeito e da vice-prefeita
Como não houve a cautela, os problemas se agigantaram e terminaram por prejudicar moradores de áreas que já estavam sem soluções definitivas, mas em andamento.
Se o centro da cidade foi afetado pela indesejada negligência, o que fazer?
O fato é que inconsequência foi o resultado da decisão tomada pela administração que entrava na prefeitura de Macapá sem se preocupar com a população, que ficou em segundo plano, e sim com aqueles com os quais o prefeito e a vice-prefeita tinham compromisso político e que foi transformado em compromisso de campanha, pagos e não contabilizados.
Esse tipo de ação caracteriza pagamento pós-campanha, sem inclusão na prestação de contas, e relativo à campanha eleitoral perfeitamente caracterizada, pagos com dinheiro público.