Rodolfo Juarez
Ainda em um cenário turvo, as eleições de 2022 já estão sendo discutidas, com razoável frequência, pelos dirigentes de partidos que compreendem ter alguma possibilidade de substituir o governador Waldez Góes na cadeira principal do Palácio do Setentrião, na capital do Estado.
O governador Waldez, do PDT, ainda não sabe se vai concorrer a um dos cargos que serão disputados na eleição de 2022 – se desenrolar as questões que o impediriam de ser candidato como por situação de inelegibilidade. Se não tiver, no momento do registro da candidatura, que enfrentar impedimento por inelegibilidade estaria pronto para ser escolhido como candidato a uma vaga no Senado ou na Câmara Federal.
No PDT estaria tudo resolvido, considerando a história das conquistas eleitorais como líder estadual do partido, não tendo obstáculos para ser indicado candidato, mesmo tendo que enfrentar as enquetes recentes com uma desaprovação do que faz governando o Estado, que apontam este índice com mais de 50% de desaprovação.
A candidatura de Jaime Nunes, do PROS, tem como principal objetivo chegar ao cargo de governador. Não sossega dessa busca. Um empresário que se esforçou para ser um empresário de destaque tinha como objetivo inicial, ter uma loja na Rua Cândido Mendes, e conseguiu quase que simultaneamente, dois endereços da rua dos sonhos, uma loja de um lado e outra de outro lado.
Pode ser o candidato do partido dos Favachos, ou já aproveitar a possibilidade para virar governador, caso Waldez Góes deixe o Setentrião para ser candidato, isso no final de março de 2021. Caso isso não aconteça, pois sabe das intenções dos dirigentes do PROS e já ensaia movimentações alternativas considerando a conquista da Prefeitura de Macapá pelo Cidadania.
Já o senador Davi Alcolumbre teve um ótimo desempenho como senador da República, representante do Estado do Amapá e presidente do Congresso Nacional nos últimos 2 anos, mostrando-se um negociador com grandes resultados, que favoreceram ao Brasil e ao Estado do Amapá.
Filiado ao DEM, Davi Alcolumbre está anunciando disputar, mais uma vez, uma cadeira no Senado Federal. O senador, presidente da CCJ no Senado, tem preferência para disputar a vaga do terço, pelo Estado, considerando que todas as eleições proporcionais (vereadores e deputado federal) e a eleição majoritária que disputou para o senado, em todas saiu vencedor.
A boa avaliação do ex-prefeito Clécio Luís (sem partido), principalmente no último semestre do mandato, alcançando 70% de aprovação, o credencia como um postulante a ocupar o setentrião a partir de 2023. Uma questão precisa ser resolvida o quanto antes: a escolha do partido para filiar-se.
João Capiberibe, filiado ao PSB, que tem registrado em sua carteira e pelo partido, cargos de prefeito de Macapá, governador do Estado (duas vezes seguidas), senador da República, é um político carismático que pode ser um dos candidatos a governador ou a senador.
Outros nomes, pelo menos mais 3, deverão candidatar-se para governar o Estado, além dos candidatos do PSTU, do PSL e do PMDB.
Ao cargo de Senador da República, além de Davi Alcolumbre do DEM, pelo menos mais cinco candidatos disputarão o importante cargo, mesmo tendo a incógnita de Jaime Nunes que ainda terá que enfrentar obstáculos para definir e vencer a indicação do Diretório Estadual do partido que o indicar.