Por Fernando França
O presidente da Federação do Comercio (Fecomércio) amapaense, Eliezir Viterbino, disse na manhã dessa terça-feira, 9, que a possibilidade do governo amapaense decretar locvkdown em todo o Estado é um equívoco que pode causar uma tragédia social nesse momento. “Será um segundo equívoco. Aquele primeiro (decretado pelo então prefeito Clécio Luís em maio de 2020) se mostrou ineficiente”, disse o presidente. A possibilidade de fechar tudo foi ventilada pelo governador Waldez Góes (PDT) nessa segunda-feira,8, diante de dados sobre a covid19.
Segundo Viterbino, os dados relativos ao lockdown decretado pela prefeitura de Macapá no ano passado mostram que a paralização das atividades não essenciais foi ineficiente. “Naquele momento o vírus cumpriu o seu ciclo, mesmo com o comércio fechado, a taxa de contágio foi lá em cima”, lembrou.
O presidente da Federação lembrou ainda que o comércio está organizado e se responsabilizando pela execução dos protocolos tanto da Fecomércio quanto dos órgãos públicos para enfrentar a pandemia e não se tornar vetor do contágio. Na ocasião, Viterbino foi enfático ao afirmar que a Fecomércio não irá defender empresas que não cumprem protocolos de segurança. “O lockdown não é o mecanismo que vai resolver qualquer situação agora em relação a pandemia”, reforçou.
Para Eliezir Viterbino, o poder público tem que tornar mais ágil a vacinação da população, aumentar o número de leitos e estar preparado para uma variante (do vírus), além de intensificar a fiscalização. Disse que Estado e municípios estão enfrentando uma crise comportamental de parte da população que insiste em não manter o isolamento social. “Estamos pedindo a mais de um ano que as fiscalizações sejam intensificadas”, reagiu o presidente.
Ele também fez um alerta sobre o fato de um possível lockdown nesse momento não vir acompanhado de auxílio emergencial e outros benefícios, o que poderia geral “uma grande tragédia social com um desemprego enorme”. Lembrou que várias medidas tomadas pelo governo federal garantiram a circulação de renda na primeira onda da covid19. “Nesse sentido, fechar o comércio trará um grande desemprego e não é a melhor saída com certeza”, finalizou.