Fernando França
Para o vereador do Avante, Claudiomar Rosa, trabalhadores e crianças da rede municipal de educação não podem ser tratados como cobaias pela atual gestão do prefeito de Macapá, Antônio Furlan, e disse que não permitirá tal tratamento e se necessário for irá à Justiça para “impedir tal absurdo!”. “Não dá para tratar uma questão tão séria desta forma”, disse ele em suas redes sociais.
A bronca do parlamentar contra a gestão municipal veio após o secretário de educação de Macapá, Edielson de Souza, ter sido convocado pela Câmara para explicar a execução do plano de segurança contra a Covid-19 para retorno às aulas presenciais em meio a pandemia, no entanto, o secretário não o apresentou e nem disse se existe algum.
“Hoje recebemos o Secretário de Educação Municipal de Macapá Edielson, que foi tratar sobre o retorno das aulas presenciais. Infelizmente a gestão não apresentou qualquer plano, calendário de vacinação dos trabalhadores, enfim, não passou qualquer segurança…”, informou Claudiomar.
Outro parlamentar que já avisou ir à justiça contra Furlan, caso ele mantenha a decisão de retorno às aulas a qualquer custo, foi Dudu Tavares (PDT), que além de endurecer o tom contra o prefeito de Macapá, está fazendo uma enquete nas redes sociais sobre o tema, se a população deseja ou não o retorno das aulas, onde quase 100% das respostas são contra a presença de pessoas nas escolas sem o mínimo de segurança contra a contaminação da Covid-19.
Além da opinião pública, Furlan vem contrariando também todas as recomendações do ministério público estadual sobre o assunto. O órgão pede ao município “para que o retorno às aulas seja autorizada somente após as devidas adequações na estrutura física e no momento em que houver quadro epidemiológico favorável para tanto”.
O sindicato dos professores de Macapá também vem se manifestando contrário à ideia do retorno presencial de crianças nas escolas sem a mínima segurança biológica exigida pelos órgãos de controle externo como o ministério público. Em manifesto assinado pela executiva do sindicato após assembleia geral, a categoria disse que fará atos de protestos contra a decisão de prefeito Antônio Furlan e ser for preciso fará grave.
Enquanto parlamentares, ministério público, professores, opinião pública dizem não ao retorno das aulas presenciais sem que as escolas deem segurança ao alunos e trabalhadores, o prefeito Antônio Furlan segue em silêncio sobre manter ou não a sua decisão.