Josiel Alcolumbre – Jornalista

Quando fechou a janela partidária no último dia 1.º de abril, sexta-feira, se observou que mais de 20% dos deputados federais haviam mudado de sigla, modificando, completamente, as foças no Plenário da Câmara, em Brasília.
Depois de mais de três anos os parlamentares aguentaram todas as provocações e chamamentos de colegas que se esforçavam para explicar o que havia sido mudado na legislação eleitoral, trazendo novas dificuldades para parlamentares já acostumados com a possibilidade de serem “puxados” pelos campeões de votos, possibilitando, principalmente nos colégios eleitorais menores, a eleição de candidatos com poucos votos, aproveitando o número de sufrágios de uma determinada coligação.
No Amapá, apesar da regra geral apontar para cá como uma possibilidade real de eleger parlamentares federais com baixo total de votos válidos, em 2010, o deputado eleito com menor número de votos foi Luis Carlos (PSDB), com 10.945 votos; em 2014, a deputada eleita com o menor número de votos foi Josi Rocha (PTB), que obteve 10.007 votos; e, em 2018, a deputada que foi eleita com o menor número de votos foi Leda Sadala (AVANTE), obtendo 11.301 votos.
Os cálculos preliminares para as eleições de 2022 indicam que o quociente eleitoral ficará entre 55.000 votos válidos e 49.000 votos válidos, ou seja, os 20% do QE ficarão entre 11.000 e 9.000, ou seja, os candidatos que serão eleitos devem superar essa marca e a dificuldade será na composição dos candidatos.
De agora em diante estas contas serão repetidas muitas vezes para observar, durante a campanha, quais os candidatos a deputado federal que estarão tomando posse no início de fevereiro de 2023.