Josiel Alcolumbre – Jornalista
A eleições majoritárias de outubro continuam indicando polarização entre dois dos candidatos ao cargo de governador do Estado. Já não é a primeira vez que o eleitor amapaense se depara com uma situação assim e que, nas outras oportunidades implicou no aumento da abstenção, ou seja, uma massa maior de eleitores deixou de comparecer para votar.
A abstenção, ausência do eleitor apto às urnas, tem se tornado um dos pontos-problemas visíveis a ser enfrentado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amapá quando afere a participação do eleitor no pleito.
Os votos perdidos em uma eleição são todos aqueles que não foram dados aos candidatos que foram registrados no Tribunal e que disputam determinado cargo. Para se ter uma ideia, quando se faz a análise comparando o número de eleitores que estavam aptos para governador e o número de votos válidos apurados, nos deparamos com o gigantismo dos votos perdidos.
Para se ter uma ideia, nos pleitos para governador do estado de 2014 e de 2018, foram desperdiçados, respectivamente, 72.353 (18,89%) e 119.817 (30,18%) dos votos possíveis. Naqueles anos o TER informou que estavam aptos a votar 455.368 em 2014 e 511.824 em 2018.
Para 2022, lidando com os números em um ambiente otimista, é razoável esperar um desperdício de mais de 93.000 votos ou algo em torno de 21%.
Estes mais de 93 mil eleitores que não comparecerão para votar, ou que votarão em branco ou anularão o voto precisam ser motivados para participar do processo eleitoral e garantir que seja feita a melhor escolha.