Josiel Alcolumbre – Jornalista
Prefiro entender democracia como fizeram Abraham Lincoln (1809-1885), quando presidente dos Estados Unidos, e Reinhold Niebuhr (1892-1971), este como filósofo. O primeiro disse que “democracia é o governo do povo, pelo povo, para o povo”; já o segundo afirmou que: “a capacidade do homem para a justiça faz a democracia possível, mas a inclinação do homem para a injustiça faz a democracia necessária”.
A primeira afirmação, muito mais conhecida, é citada por boa parte daqueles que procuram conhecer ou entender a democracia, entretanto a segunda, é absolutamente atual, mais dita e menos considerada, muito embora com exemplos aflorado aqui mesmo no nosso ambiente.
As recentes declarações do atual vice-governador do estado, segundo o jornalista Luiz Melo, sobre sua atuação naquela função de vice como “uma figura decorativa que gostaria de ter contribuído, mas não deixaram” é absolutamente injusta. Na opinião do atual vice-governador do estado, “no governo, o vice poderá ou não atuar, dependendo do titular do cargo”. Ainda disse que, no momento, “é um figurante que trabalha para virar protagonista”.
O eleitor vai ter oportunidade de avaliar se são verdadeiras essas declarações do atual vice, muito embora já dê para entender que a afirmação de que um vice depende do titular para atuar não seja verdadeira, uma vez que os espaços de atual são perfeitamente definidos na Constituição do Estado, onde estão descritas, perfeitamente, as atribuições de um e de outro.
Agora, se os objetivos do vice são pessoais, e espera fazer do cargo eletivo um trampolim, isso é mesmo fora do processo democrático.
Em um ambiente democrático não cabe esperteza nem, como afirma Reinhold Niebuhr dizendo: “a injustiça faz a democracia necessária”.