Josiel Alcolumbre – Jornalista
Tudo indica que já está instalada, no sistema de saúde municipal, do município de Macapá, uma crise sem precedentes e como jamais vista, devido a redução da força de trabalho que vinha atuando nas unidades de saúde da capital, decorrentes das regras autoritárias e absurdas propostas pelo prefeito da capital.
A dispensa de pessoal implica na redução da força de trabalho, prejuízo no atendimento à população e sacrifício dos médicos e paramédicos já prejudicados pela carga de trabalho que devem receber.
Os próprios médicos já haviam antecipado a crise depois de serem informados das decisões de gabinete tomadas pelo prefeito da capital, autorizando a redução de funcionamento do número de unidades de saúde que ficavam abertas durante 24 horas para atender a população.
Com a redução da força de trabalho no sistema de saúde do Município de Macapá, médicos treinados e voltados para o atendimento da população que busca o sistema de saúde municipal, perceberam o prejuízo que terá a população que ficará sem a assistência médica que já dispunham nas situações de urgências e emergências.
O depoimento de um dos médicos selecionados para permanecer é dramático e realista, senão vejamos: “Agradeço aos anos de experiência, agradeço a oportunidade, mas sob essas novas condições se torna impossível permanecer, já que só existem perdas e nada de melhora nas condições de trabalho do médico. Está se multiplicando a quantidade de trabalho, reduzindo a mão de obra médica, mantendo o valor do plantão, talvez até se reduzindo mais lá na frente”
Adiante o profissional médico completa: “Lamento pela população que vai pagar por isso, lamento aos colegas que se veem obrigado a ficar. Mas, sinceramente, não dá para pisar no meu diploma e nem correr risco de processo, já que não haverá qualidade e nem paz para trabalhar assim (…)”.