Presentes em todos os segmentos de mercado, as startups atraem profissionais, empresas, poder público e universidades.

As startups estão cada vez mais presentes em todos os segmentos de mercado, e inseridas em um ecossistema que atrai profissionais, empresas, poder público e universidades.

Os desafios estão sendo enfrentados pelos empreendedores brasileiros (Arte e fonte: Revista Acirp/Sevna).

O termo surgiu nos Estados Unidos, na década de 1990, no Vale do Silício, com o início da internet. Nessa época, vários projetos envolvendo novas tecnologias foram criados na região e as ideias que tinham potencial para se transformar em empresas de sucesso receberam o nome de startups.

Na definição da Associação Brasileira de Startup (Abstartups), startup é uma empresa que nasce a partir de um modelo de negócio ágil e enxuto, capaz de gerar valor para seu cliente resolvendo um problema real, do mundo real. E que oferece uma solução escalável para o mercado e, para isso, usa tecnologia como ferramenta principal.

Para entender melhor o conceito de uma startup é importante explicar a diferença em relação a uma empresa tradicional. Pode-se dizer que a startup é uma instituição humana criada para elaborar um novo produto ou serviço em condições de extrema incerteza. Ou seja, a startup é uma empresa nascente testando seu modelo de negócios.

Já uma empresa tradicional não necessariamente traz uma solução inovadora e costuma atuar num mercado tradicional, já conhecido, que não oferece riscos ao negócio.

De acordo com Mariana Zanatta Inglez, gerente do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp e da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp), afirma que de acordo com sua experiência, são cinco os elementos indispensáveis ao modelo de negócio que define uma startup.

  1. Solução inovadora: A inovação é um diferencial das startups em relação às empresas tradicionais, pois é o que movimenta o rápido crescimento desse modelo de negócio.
  2. Negócio escalável: A startup precisa produzir um crescimento significativo com mínimo de recursos e estrutura. Sem isso, pode ser definida como pequena ou média empresa.
  3. Repetível: Para alcançar a escalabilidade, a startup precisa, antes, ter uma solução repetível. Isso significa entregar o mesmo produto ou serviço para muita gente de forma rápida e em larga escala.
  4. De alto risco: Tirar as ideias do papel envolve riscos, especialmente porque se trata de lidar com coisas novas e incertas. As chances de um produto não dar certo são altas, por isso, é preciso planejamento.
  5. Equipe dinâmica: Uma empresa não funciona sem as pessoas que nela trabalham, e a personalidade das startups requer uma equipe multidisciplinar que consiga se adaptar às rápidas mudanças e incertezas desse modelo.

Segundo o levantamento da Abstartups, no Brasil há mais de 25 mil startups. A maior concentração está no estado de São Paulo, com 32,5%, seguido de Santa Catarina (12,6%) e Minas Gerais (9,5%).

As startups trazem soluções inovadoras para o mercado e têm agilidade para rapidamente mudarem suas soluções, se for preciso, para atuar em outro mercado. Além disso, as startups podem crescer rapidamente e gerar empregos qualificados.

Em meio a esse cenário desafiador, os empreendedores brasileiros estão enfrentando uma série de desafios. Um dos principais desafios é a necessidade de gerar confiança nos investidores. Isso significa apresentar planos de negócios sólidos e demonstrando a capacidade de adaptação às mudanças de mercado.

Além disso, a concorrência por financiamento tornou-se mais intensa, com menos startups sendo selecionadas para investimento. Isso significa que os empreendedores precisam se destacar e oferecer propostas de valor convincentes para atrair a atenção dos investidores.