Rodolfo Juarez

A Lei Estadual n.º 667, de 16 de abril de 2002, tem sua emenda com o seguinte texto: O dia 19 de março, data da consagrada a São José, é considerado feriado estadual. Esta lei foi publicada no Diário Oficial do Estado do dia 11 de junho de 2002 e tem o seguinte texto:

“O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amapá. Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Amapá decreta e eu, nos termos do § 8º do Art. 107 da Constituição do Estado e alínea “j” do inciso II do Art. 19 do Regimento Interno, promulgo o parágrafo único do art. 1º da Lei nº 0667, de 16 de abril de 2002: Art. 1º – (…) Parágrafo único – O dia 19 de março, data consagrada a São José, é considerado feriado em todo o Estado do Amapá. Macapá-AP, 04 de junho de 2002. Fran Junior Presidente”. O projeto transformado em lei foi do ex-deputado Edinho Duarte.

A festividade do padroeiro da capital amapaense celebra, este ano, 263 anos de fé e devoção, a tradição religiosa vem desde a fundação da Vila de Macapá, em 1758. Já a construção da igreja dedicada ao santo, veio três anos depois, em 1761, quando se deu início ao festejo.

São José é o modelo perfeito do varão justo e nobre, cuja alma se eleva a Deus – forte e poderosa como o Cedro do Líbano. Igualmente é ele fiel e humilde no desempenho da tão delicada, bela e incomensurável incumbência de velar pela Sagrada Família de Nazaré.

São José tornou-se o exemplo vivo das virtudes da família e das modestas tarefas quotidianas, o guarda das almas castas e o protetor dos lares cristãos. Tanto quanto é possível a uma criatura humana, ele recebeu tais dons, juntamente com o mais que sublime encargo de ser esposo da Santíssima Virgem e o pai terreno do próprio Verbo de Deus encarnado.

Homem justo, temente a Deus, José aceitou dedicar sua vida pela salvação da humanidade, como protetor do Redentor da humanidade. Nobre carpinteiro (Mt 13,55), José viveu dignamente na simplicidade de uma vida modesta e pobre, como percebemos pela passagem do Evangelho em que leva Jesus Menino ao Templo para ser circuncidado, e Maria para o ritual da purificação, e oferece como sacrifício um singelo par de rolas, algo que era permitido apenas àqueles que não tinham condições de comprar um cordeiro (Lc 2,24).

Embora materialmente pobre, José era de linhagem real, da descendência do Rei Davi (Mt 1,1-16 e Lc 3,23-28). Alma pura e compassiva, mas viril; pai de família protetor e justo; homem de fé, obediente, um amigo dos anjos que lhe falavam em sonhos.

Quando lhe foi revelado em sonho o Mistério sobre a Criança que Maria trazia no ventre, imediatamente e sem questionar a tomou como esposa. Quando um anjo lhe apareceu novamente para avisá-lo do perigo que sua Sagrada Família corria, imediatamente deixou tudo o que possuía, bem como parentes e amigos, e partiu para um país estranho, onde permaneceu, aguardando pacientemente até que novamente o anjo do Senhor, no devido tempo, o instruiu a retornar (Mt 2,13-23).

Quando Jesus ficou no Templo, perdido dele e da mãe, José procurou-o com grande ansiedade, até encontrá-lo ao fim de três dias (Lc 2,48). Tratava Jesus com zelo e amorosamente, como seu próprio filho, e assim os habitantes de Nazaré repetiam constantemente em relação a Jesus: “Não é este o filho de José?” (Lc 4,22).

Ao fim de sua jornada neste mundo, José teve a mais bela e abençoada das mortes, amparado por Nosso Senhor Jesus, de um lado, e por Maria Santíssima de outro.

Quem poderia querer mais?

Por isso mesmo, São José é invocado em casos de doença, junto aos agonizantes, mas também em casos de problemas familiares, além de, claro, na luta pela castidade e contra os pecados da impureza.