Josiel Alcolumbre – Jornalista

A oferta de passagem gratuita no transporte coletivo urbano é uma realidade em todo o Brasil. É uma proposta que tem se mostrado possível e perfeitamente exequível em quaisquer dos municípios brasileiros em que o gestor entenda que o transporte coletivo é um dos grandes gargalos das administrações municipais e dos munícipes.

Insistir em uma proposta dessa monta não é absurdo, pelo contrário, é uma proposta inovadora, já testada em mais de 100 cidades pelo País, com resultados satisfatórios, principalmente para os usuários.

É evidente que para ser apresentada como proposta administrativa viável, há a necessidade de bem planejar as ações, pois, no caso de Macapá, ainda terá um fator importante para se consolidar: a volta do costume de andar de ônibus.

Ainda lembro de história dos pioneiros que, aos domingos, viam famílias inteiras “passeando” nos poucos ônibus que circulavam pela cidade, não mais de 3, que havia em Macapá.

Os primeiros ônibus que aqui circularam tinha apenas a porta da frente e recebiam o carinhoso nome de “cebolão”. Os cebolões foram substituídos pelos que passaram a ser chamado de “bossa nova”. Só tinha o circular, mas, aos domingos, principalmente, andavam lotados desde duas horas da tarde. A maioria dos passageiros simplesmente passeando.

No momento o Sudeste se destaca como a região com mais cidades que fazem uso do transporte coletivo gratuito. Apenas os Estados de São Paulo e Minas Gerais reúnem mais da metade dos municípios brasileiros com tarifa zero, totalizando 50 cidades. Outras cidades ficam no Rio de Janeiro e apenas uma no Espírito Santo.

Como Macapá tem todas as condições para a implantação da tarifa zero, não tenho dúvidas que, tendo a oportunidade, eu assumo que adoto tarifa zero em Macapá.