As exigências legais que compõem as eleições regionais de 2018 vêm surpreendendo coligações, partidos e candidatos. A estrutura trabalhada pela Justiça Eleitoral para ajustar os pontos conflitantes da minirreforma acabaram por transferir para os candidatos soluções difíceis para que o pleito não perca a seu sentido de participação, e nem a alegria do eleitor.
Acontece que, por isso, alguns problemas estão se acumulando e deixando os eleitores preocupados com aquilo que é de sua responsabilidade: comparecer à urna para escolher o candidato que lhe parece mais convincente.
Tornou-se um desafio organizacional participar da campanha. Está longe o tempo em que o candidato se preocupava apenas em fazer a campanha, pedindo voto e se mostrando conhecedor do cargo que está disputando e que pretende exercer por um mandato inteiro.
A eleição tornou-se um quebra-cabeça com variadas soluções e que, muitas vezes pega o partido político, o candidato e o próprio eleitor de surpresa, deixando mais próximo de um ilícito do que de uma oportunidade de divulgar o que espera ver na administração ou representação (no caso do eleitor) o que espera fazer (no caso do candidato).
Há um distanciamento entre os eleitores e os candidatos, muito embora haja também um esforço muito grande dos concorrentes.
As dificuldades alegadas para fiscalizar a campanha como de um modo geral, tanto observando o comportamento do candidato como o comportamento do eleitor, permitem que aqueles mais dispostos a driblar as regras, se arrisquem mais, seja pelo seu ímpeto, seja pelo nível de risco que resolve assumir.
Quando escapam, aliviam-se, mas quando são flagrados apresentam desculpas e não justificativas, pois esses, na maioria das vezes, estão em busca de uma saída honrosa, mesmo que pela porta traseira.
Já estamos há menos de um mês do dia da eleição e, mesmo com um tempo curto de campanha, já há candidato cansado e encostando, para descanso, na primeira curva mais acentuada que encontrar.