Pontuação do estado em lista elaborada pelo Centro de Liderança Pública caiu de 88,9 para 87,8 do ano passado para este.
O Estado do Amapá fica na frente apenas de Sergipe no ranking da competitividade. São Paulo continua sendo o estado mais competitivo do país, segundo ranking divulgado nesta quarta-feira (20) pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria com a consultoria Tendências e a Economist Intelligence Group.
O estudo analisa o desempenho da gestão das federações em 66 indicadores agrupados sob 10 temas: potencial de mercado, infraestrutura, capital humano, educação, sustentabilidade social, segurança pública, solidez fiscal, eficiência da máquina pública, inovação e sustentabilidade ambiental. Assim, é atribuída uma nota que vai de 0 a 100 para cada uma delas.
Apesar de São Paulo ter se mantido na liderança, sua nota caiu de 88,9 no ano passado para 87,8 neste ano. O estado segurou a primeira colocação nos quesitos infraestrutura, inovação e potencial de mercado, além do segundo lugar em segurança pública. Mas caiu seis posições no aspecto solidez fiscal, que já era seu pior indicador (de 15ª para a 21ª), e duas posições em capital humano (da terceira para a quinta).
As duas colocações seguintes mudaram de 2016 para 2017. Santa Catarina (cuja pontuação passou de 74,3 para 77,2) subiu da terceira para a segunda posição, puxada pelo ganho de nove posições no pilar potencial de mercado e três posições no critério solidez fiscal.
O Paraná (de 76,9 para 71,1), por sua vez, caiu da segunda para a terceira colocação, penalizado pela perda de sete posições no aspecto solidez fiscal e de três no de eficiência da máquina pública.
O Distrito Federal (de 66,8 para 69,4) segue na quarta colocação.
Os estados das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste concentram-se na metade superior do ranking, enquanto os do Norte e Nordeste ficam na parte inferior. Os representantes mais bem colocados destas duas regiões são Ceará e Paraíba, em 10º e 11º lugar, respectivamente, à frente de Mato Grosso e Goiás.
Na lanterna estão Maranhão, Amapá e Sergipe. Alagoas, que estava em último lugar no ano passado, conseguiu subir três posições, passando para a 24ª. Veja o ranking:

Competitividade dos estados em 2017
1. São Paulo 2. Santa Catarina 3. Paraná 4. Distrito Federal 5. Mato Grosso do Sul 6. Minas Gerais 7. Rio Grande do Sul 8. Espírito Santo 9. Rio de Janeiro 10. Paraíba 11. Ceará 12. Mato Grosso 13. Goiás 14. Roraima 15. Rio Grande do Norte 16. Tocantins 17. Rondônia 18. Pernambuco 19. Acre 20. Bahia 21. Pará 22. Amazonas 23. Piauí 24. Alagoas 25. Maranhão 26. Amapá 27. Sergipe.

Problemas
Em relatório que acompanha o ranking, a CLP destaca que a situação fiscal dos estados e municípios brasileiros deteriorou em 2016, tanto por queda na arrecadação quanto por aumento de dívida. Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, inclusive, decretaram situação de calamidade financeira.
Apesar disso, Minas conseguiu melhorar levemente sua nota (de 57,5 para 57,8) e subir uma posição no ranking (da sétima para a sexta), assim como o Rio Grande do Sul (de 55,5 para 57,4) que foi da nona para a sétima. Já o Rio perdeu pontos (foi de 56,7 para 52,2) e caiu do oitavo para o nono lugar.
“Para alguns estados com elevado endividamento, o esforço de geração de resultados primários acabou se mostrando insuficiente para deter a piora do déficit nominal e do endividamento. A deterioração da situação fiscal preocupa também na medida que passa a afetar também os demais pilares e indicadores de competitividade e bem-estar social dos estados, tanto no presente quanto no futuro”, diz a nota.
Os indicadores nos quais foram registradas as maiores “dança das cadeiras” entre os estados foram segurança pública e potencial de mercado. No primeiro, pesaram a revisão nas séries históricas das fontes oficiais, principalmente do indicador de roubo e furto de veículos, além de uma mudança das estatísticas de “morte a esclarecer”, segundo o CLP. Até a edição de 2016 era adotada no levantamento a série do Fórum de Segurança Pública, que agora foi substituída pela do Datasus, explica o órgão.
Já no pilar potencial de mercado mudanças de posições se deram principalmente pela recessão e pela estiagem que afetou fortemente vários estados do Nordeste e Centro-Oeste.