Ricardo Santos, candidato, teria usado uma procuração dada pelo presidente Sharon Braga, para outra finalidade.
Uma ação protocolada na justiça com o objetivo de anular a eleição para o Senado causou uma crise no PSL do Amapá. O partido chegou a emitir uma nota afirmando que a judicialização do caso se deu por meio de uma fraude.
A nota assinada pelo presidente estadual da legenda, Sharon Braga, diz que a ação judicial usou o nome do partido de forma “obscura e fraudulenta”, e adianta que tomará medidas judiciais contra quem utilizou o nome do PSL de forma “criminosa”.
O comunicado não faz uma referência direta ao candidato do partido ao Senado, o advogado Ricardo Santos, mas foi ele quem anunciou publicamente que moveria a ação para anular a eleição.
“O PSL-AP acredita no sufrágio democrático das urnas e entende que a vontade popular deve ser respeitada”, diz trecho da nota, que também desautoriza negociação de alianças em nome do partido que já declarou neutralidade no 2º turno da eleição para o governo do Estado.
O presidente do PSL já confirmou o posicionamento, e disse que vai pedir a revogação da procuração usada como base para a ação.
“Fiz uma procuração para resolver a questão dos votos nulos do senador, mas ele usou a mesma procuração para entrar com a anulação da eleição”, informou.
O candidato do partido ao Senado, Ricardo Santos, alega ter perdido votos quando seu nome apareceu no sistema de totalização do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AP) como “nulo/anulado”. A situação foi corrigida ainda durante a votação. Contudo, na opinião dele, isso confundiu os eleitores.
Ricardo Santos teve uma votação de 11.882 votos e confirmou que ingressou com pedindo de anulação da eleição, e que ação tem como autores ele e o partido.