O governo do Estado do Amapá não conseguiu confirmar a hipótese, criada por ele mesmo, de que o Estado estava com as contas equilibradas e saldo suficiente para resolver os seus compromissos e ainda comemorar um Réveillon com saldo no banco suficiente para ser apontada como a Unidade da Federação com situação mais confortável de todo o país.
Bastou chegar o último dia para pagamento do 13.º salário dos funcionários para que a maquiagem se dissolvesse quando teve que escolher uma categoria, os efetivos, para saldar o compromisso, deixando os servidores que recebem como cargos comissionados e contrato administrativo, um pouco mais de 5 mil funcionários, para receber o que tem direito em janeiro do ano que vem.
Além de ser uma infração trabalhista, os gestores ainda podem ser punidos criminalmente por descumprimento de medidas que afetam a Administração Pública, uma vez que o adiamento dos compromissos previstos em contratos não pode ser transferido para o outro mandato, mesmo sendo o mesmo mandatário.
O Governo do Amapá pode estar iniciando um perigoso caminho para a insolvência administrativa, se não tomar algumas providências agora e, principalmente, se tentar se sustentar sobre um balanço equivocado, completamente fora da realidade e que não tem condições de se sustentar, mas que faz questão de mandar divulgar.
O final deste ano, mesmo com a expectativa de melhoria do cenário nacional, não aponta para a esperada recuperação da economia local, que vem sendo tratada de forma equívoca e sem zelo, preocupando a todos aqueles que se interessam pelo desenvolvimento local e reconhecem as dificuldades que o Estado atravessa.
O reflexo foi com o Governo do Estado sendo classificado como aquele que tem o pior portal de transparência do país, com uma nota muito baixa quando comparado com as outras 26 unidades da Federação.
O Amapá está assim. O governador do Estado se apoiando em informações equivocadas que desde agora já começam a lhe trazer problemas, basta considerar as categorias que se concentram na frente do Palácio do Setentrião fazendo cobrança de seus créditos, que mesmo tendo o pagamento prometido não conseguem ver as questões resolvidas.