O governo que vai assumir no dia primeiro de janeiro comando por Jair Bolsonaro deverá propor mudanças profundas na gestão dos interesses públicos nacionais, aproveitando o recado dado pelo eleitor, mas também, o ambiente favorável que vai encontrar para tomar decisões que podem dar outro rumo para o Brasil.
Como ninguém governa só, alguns dos seus auxiliares diretos terão que ser avalistas das ideias do presidente. Entretanto, também terão as atribuições para sugerir medidas que possam acelerar as resposta que foram prometidas durante a campanha.
Um ponto parece estar sendo bem cuidado: o equilíbrio que deve haver nas decisões, sem permitir que haja mais de um Brasil, ou seja, as medidas terão que ser tomadas levando em consideração o equilíbrio social decorrente das medidas.
É claro que algumas categorias estão muito favorecidas e outras completamente sem função na nação. Esse status não pode perdurar, precisa ser combatido para que haja igualdade e similaridade nas decisões.
Não há espaço para que se corrija apenas uma face da moeda. É preciso que a correção seja na mesma intensidade e tempo, tanto em uma como em outra face.
O exemplo está no que vem sendo anunciado por um dos ministros do futuro governo, quando avalia as consequências, para os trabalhadores, da retirada da obrigatoriedade da contribuição sindical obrigatória. Entende o futuro ministro da Economia que também precisa ser ajustado o montante transferido para o Sistema S.
Então essa é uma forma de mostrar que o novo governo vem com a disposição de enfrentar os problemas em qualquer campo, por mais protegido e minado que seja, deverá insistir nessa estratégia de gerência e organizar um sistema de pesos e contrapesos adequados para definir uma política de gestão que seja compreendida pela maioria.
Esse exemplo dado para o sistema S e para a contribuição sindical obrigatória se estende a todos os privilégios. Tomara que surja por esse caminho o sentimento de brasilidade onde o patriotismo volte a prevalecer nessa nação que ainda não tem sua identidade perfeitamente definida.
Não dá para seguir os exemplos dos artistas endinheirados que entendem que não dá para educar e criar os filhos aqui no Brasil, onde o palco serve para as milionárias arrecadações e o enriquecimento desses poucos.
O Estado do Amapá está caminhando na contramão da realidade em decorrência, é verdade, da vontade do eleitor daqui que preferiu reeleger o governador que, por necessidade e até coerência, precisa manter a forma com que governava, mesmo compreendendo que precisa fazer mudanças radicais em alguns pontos para poder desenvolver uma gestão adequada aos tempos atuais e às necessidades dos brasileiros que vivem no Amapá.
Apesar do que foi divulgado, dando o Estado do Amapá como aquele estado da Federação que estaria em melhor condição para enfrentar a realidade a partir de 2019, com mais de 9 bilhões em caixa, há um inexplicável equívoco e a realidade é um Governo sem condições de pagar, de uma só vez, o salário dos funcionários públicos, entre os quais, quase 3 mil são admitidos em forma precária através de contrato administrativo.
No momento Roraima está em situação de intervenção federal e o Acre, através do novo governo que assumirá em janeiro, deve cortar gastos, eliminando cargos e contratos administrativos. É para o Amapá colocar “as barbas no molho”.