Os investimentos no Fundo Amazônia, por outro lado, seriam viabilizados pelo ministério alemão da Cooperação Econômica.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que a pasta irá apresentar “em breve” uma estratégia para tratar da preservação da Amazônia. Ele disse que a medida irá contemplar “formalizações, regularizações, regulação e ações de fiscalização, além de um modelo de pagamento por serviços ambientais”. Segundo Salles, se a Alemanha desejar poderá “ajudar”.
A Alemanha decidiu suspender o apoio financeiro dado a projetos de conservação florestal e biodiversidade na Amazônia, disse a ministra do meio ambiente alemã, Svenja Schulze, em entrevista. Mais cedo, ao ser perguntado sobre a suspensão, o presidente Jair Bolsonaro afirmou no domingo, dia 11 que a Alemanha “vai deixar de comprar à prestação a Amazônia”. “Pode fazer bom uso dessa grana, no Brasil não se precisa disso”, afirmou.
Em julho o governo da Alemanha havia decidido reter uma nova doação de 35 milhões de euros, o equivalente a mais de R$ 151 milhões para o fundo Amazônia. O país já repassou R$ 193 milhões para o programa.
O ministro Salles sustenta que este valor retido é o mesmo anunciado pela ministra alemã, em entrevista, no dia 10 deste mês de agosto.
A suspensão dos projetos atinge somente o financiamento do Ministério do Meio Ambiente em Berlim. Os investimentos no Fundo Amazônia, por outro lado, seriam viabilizados pelo ministério alemão da Cooperação Econômica.
Com a decisão do governo federal de paralisar as ações do Fundo Amazônia, alegando ter encontrado irregularidades na condução do programa pelo BNDES, os maiores Estados da Região Norte passaram a se candidatar às parcerias diretas com doadores internacionais para financiar ações de combate ao desmatamento.