São medidas que visam o combate ao Covid-19 e que são necessárias para aquela casa de saúde.
Por meio de uma videoconferência realizada esta semana, o Ministério Público do Amapá (MP-AP), Ministério Público Federal (MPF/AP) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) reuniram em busca de alternativas para melhorar as condições de trabalho no Hospital de Santana e outras medidas de combate e prevenção à Covid-19, no Estado. Profissionais da saúde, que atuam na unidade hospitalar de Santana relataram diversos problemas.

Hospital de Santana
As servidoras da saúde informaram aos membros dos MPs os problemas e dificuldades que enfrentam no único hospital de emergência do município, especificamente em relação à pandemia do novo coronavírus. “Não tem estrutura física e nem material. Não tem Equipamento de Proteção Individual (EPIs) e nem álcool 70%. Não temos nem sabão, que é o básico para higienização”, lamentou a enfermeira.
Relataram, ainda, que o Hospital de Santana faz atendimento de emergência, ambulatorial, clínica médica e pediátrica. Uma das maiores preocupações, além da falta de EPIs, é a localização da sala vermelha para atender à pandemia do novo coronavírus, que fica na frente da sala onde atendem todos os traumas e por onde passam outros pacientes, como crianças para atendimento na pediatria. Foi sugerido um espaço próprio para triagem dos casos suspeitos de Covid-19.
O município já registrou a uma morte pela Covid-19, o segundo caso no Estado, sendo que até o momento da reunião não havia sido feita a desinfecção da área interna e externa da unidade, denunciaram as profissionais da saúde de Santana. A Prefeitura Municipal de Santana será notificada pelo MP-AP para informar porque não adotou os procedimentos necessários à prevenção de contágio.
A promotora de Justiça Gisa Veiga, titular da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, da Cidadania e do Consumidor de Santana, participou da videoconferência informando que está acompanhando a situação, mantendo contato direto com o diretor do Hospital, Rafael Gonçalves Dantas, e com a secretária Municipal de Saúde, Maira Carvalho.
Os gestores confirmaram ao MP-AP as dificuldades como a falta de EPIs, de insumos básicos, cilindros de oxigênio e informaram que iniciaram hoje (6), a instalação de uma tenda em frente ao HES para fazerem a triagem inicial.