Josiel Alcolumbre
Jornalista
Os empresários estão preocupados com as medidas que, em defesa da vida, poderão ser tomadas em decorrência da nova cepa que, neste momento, está assustando os dirigentes europeus, asiáticos, africanos, americanos e brasileiros que ainda não esqueceram as dificuldades recentes no enfrentamento do novo coronavírus.
São medidas que afetam os empresários, principalmente do setor comércio, o principal modo econômico desenvolvido no Estado do Amapá.
Cabe, nesta oportunidade, a todos encontrarem a melhor forma de enfrentar mais essa dificuldade. O que não interessa é se criar um ambiente de antagonismo e nem de heroísmo, binômio que já foi experimentado e não deu resultado, nem para os que se autodefiniram como “heróis” e nem para aqueles que foram para o campo aberto se digladiar em nome da defesa de seus interesses e patrimônios, material ou imaterial.
A dificuldade é comum. Não é apenas de um setor. A dificuldade é de todos e, assim deve ser encarada.
Quem pode ser o primeiro alvo?
Nos parece que o primeiro alvo é o grupo de pessoas que não tomou a vacina, e se tomou a primeira dose, não completou a imunização e, por isso, se tornou o grupo de preferência para transporte e transmissão do vírus. O que precisa ser feito é convencer cada um deste grupo, que no Amapá é grande, a fazer a imunização.
Usar de todos os meios legais, inclusive restritivos, para evitar que formem grupos, por menor que sejam, para que não sirvam de agentes de transmissão do vírus; mas, para que isso se torne eficaz, é preciso fornecer aos indivíduos destes grupos informações que possam fazê-lo mudar de lado.
As medidas tomadas até agora, como o cancelamento das celebrações natalinas e de Ano-novo, são interessantes, mas precisavam ser mais democráticas, com a participação de todos – do contrário, os prejuízos, inclusive sociais, são depositados nas parcelas da sociedade que já não suportam, sozinhas, tanto sacrifício.
O momento exige participação de todos, tanto nas tomadas de decisão, como na forma de arcar com as consequências.