Rodolfo Juarez
Ainda repercute o resultado da pesquisa de intenção de voto que foi publicada na semana passada pele Rede Amazônica. E repercute porque veio trazer preocupação para todos e não apenas para aqueles que pontuaram o insuficiente para animar o eleitor, o cabo eleitoral, ou a coordenação de campanha.
É certo que todo candidato, com raríssimas exceções, entra em uma campanha eleitoral com a convicção, primeiro de que tem chances reais e depois de que vai ganhar.
Faz conta de todo jeito. Mantém contato com lideranças que entende decisivas para o sucesso da sua campanha, chama a atenção da coordenação, avisa o seu partido de que espera contar com mais dinheiro para desenvolver o trabalho e, convicto, afirma para todos de que as chances de ser eleito são reais.
O candidato, em regra, é um visionário, isto é, tem ideias inovadoras, mesmo não sabendo que para ser um visionário precisa apresentar conhecimento profundo do tema que anuncia; desenvolver a criatividade; cultivar relacionamentos; adotar perspectivas de alguém de fora.
Sabe que para isso tem que confiar em si mesmo, blindar-se emocionalmente e ser persistente nas suas tentativas, mesmo quando a primeira não dá certo, precisa insistir para encontrar a melhor solução para a dúvida que sugere.
O eleitor sendo informado, ou se informando do resultado de uma pesquisa, também precisa estar pronto para analisar e não ser envolvido em teses às quais não conhece. Precisa estar atento ao cenário e exercitar a sua cidadania.
Na pesquisa citada no começo deste artigo vê-se que, na corrida para os cargos de governador e senador, as vantagens numéricas dos candidatos, nas eleições majoritárias, são aquelas da coligação “Amapá para Todos”: Clécio (77) na disputa pelo governo e Davi (444) na disputa pela vaga no Senado.
A diferença fundamental para qualquer análise, inclusive a de cada eleitor, é de que a eleição para governador do Estado pode ter dois turnos caso nenhum dos candidatos alcance 50% dos votos válidos + 1 voto; enquanto, na eleição para o representante do Estado do Amapá na renovação de 1/3 dos senadores, é de um turno só, ou como mais conhecido entre os próprios eleitores, “de um tiro só”.
Assim a análise do resultado da pesquisa, se mantida a confiabilidade de 95% expressada no projeto, estaria deixando quase tranquilo os candidatos da coligação Amapá para Todos e muito preocupados os candidatos da coligação Eficiência e Trabalho.
Restam apenas 32 dias de campanha e, desde sexta-feira, com o eleitor tendo outras informações, aquelas que vêm pela propaganda eleitoral gratuita.
Por falar nisso, a propaganda eleitoral gratuita, o eleitor já percebeu que os candidatos a governador do Estado apresentados pelo PSTU, PRTB e PCO, não têm tempo para a propaganda de televisão e rádio; o mesmo acontece com os candidatos ao cargo no Senado, apresentados pelo PRTB e pelo PCO.