Josiel Alcolumbre – Jornalista

O episódio da resistência dos vereadores com relação à proposta que desembarcou na Câmara Municipal de Macapá para que os edis avalizassem um empréstimo de dinheiro para que o Executivo Municipal gastasse e o povo pagasse ainda repercute.
Essa é a mais irresponsável proposta que uma pessoa, jurídica ou física, pode fazer para quem quer que seja. O pedido de empréstimo passa, obrigatoriamente, por aqueles que, legalmente, podem autorizar. Ocorre que o tal pedido chegou aos vereadores sem qualquer explicação adicional e dando a impressão de que não está disposto a pagar, uma vez que a impressão que fica é de que o município de Macapá tenha o compromisso de pagar a primeira parcela quando o atual prefeito já tiver encerrado o mandato.
Se por acaso, tivesse que pagar alguma parcela ainda no seu mandato, certamente mostraria à população que o município não teria capacidade de pagar e ainda pediria para a população escolher: “Faço a reforma de uma UBS ou pago o empréstimo”.
A resistência dos vereadores de oposição, capitaneados pelo vereador Claudiomar Rosa, é absolutamente lógica, responsável e prática. O município de Macapá tem uma capacidade de endividamento que está comprometida e nenhuma perspectiva de excesso de arrecadação.
Então, qualquer conta que se faça não fecha.
Emprestar 200 milhões de reais, com carência temporal para pagamento da primeira parcela é atender a um mercado do qual o prefeito, a prefeitura, os vereadores e a câmara de vereadores devem ficar distantes pois, de antemão, sabem que terão imensas dificuldades para pagar.
Não é momento para empréstimo. É momento para aplicar bem os recursos públicos municipais e otimizar os resultados.