Josiel Alcolumbre – Jornalista
A estratégia do prefeito do município de Macapá com relação ao sistema de saúde municipal é, no mínimo, desastrada.
O prefeito está prevendo que, daqui a menos de 30 dias, a gestão municipal passará a oferecer à população um atendimento que nunca foi visto, mas pelo lado inverso, com minimíssima oferta de serviço, de medicamentos e correlatos.
Qual a necessidade de que o prefeito, que tomou posse no primeiro dia de 2021, teria para colocar sobre os ombros da população esse desafio?
E ainda mais, determinou o fechamento de importantes Unidades Básicas de Saúde, demitindo médicos e paramédicos e não reconhecendo situações de urgência e emergência que, nesse momento, já supera a fila de espera para o atendimento.
Bastou a derrota nas urnas, aliás esperada por todos, menos pelo próprio prefeito e seus bandeirantes, numa disputa eleitoral desnecessária e inoportuna, além de ser um tiro no escuro devido a forma como se jogou na campanha eleitoral de 2022.
O prefeito já devia ter ciência de que os recursos oriundos das transferências constitucionais e da receita própria do município, se não são finitos, a população já está no seu limite de pagamento de todos eles, inclusive e principalmente os municipais.
Não dá para compreender que, nesse momento de grave crise, ainda se arvora atravessar o Oceano Atlântico para, por conta dos munícipes, ir até Barcelona, na Espanha, participar de um evento de interesse duvidoso para a população do Município de Macapá.
Aí o dinheiro acaba de vez, os salários dos servidores não ficam garantidos, inclusive o 13.º, e ele, o prefeito, ainda empurra para os vereadores um saco de responsabilidade querendo em troca, autorização para receber um saco de 200 milhões de reais.
Essas medidas, com redução de pessoal, redução no atendimento da população com medicamentos, perspectiva de atraso de servidores municipais e a possibilidade de entregar, juntamente com os vereadores, uma conta, a maior de todas, para o contribuinte do município de Macapá pagar, representam o desacerto financeiro por qual passa a Prefeitura de Macapá.