Em média o consumidor vai pagar a energia que consome 36,08% mais cara.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) garantiu o “presente de Natal” mais indesejado dos últimos tempos para o consumidor amapaense de energia elétrica quando homologou, na reunião de terça-feira, dia 13/12, a decisão da Diretoria da Agência que autorizou o aumento da tarifa praticada no Amapá em 36,08 em média.
São 212.000 os consumidores de energia elétrica no Estado do Amapá, com a maioria de 3/4 concentrada nas cidades de Macapá e Santana.
A tarifa vigente até o dia 12/12/2022, de R$ 539,81 por megawatts/hora, passou para R$ 721,67 megawatts/hora, um aumento médio próximo de 36,08%. O aumento para quem usa a Alta Tensão, entre 69 kV e 138 kV, é maior e se aproxima de 45%, e para os consumidores de Baixa Tensão, com carga até 1 kV, passa dos 33%.
Um dos técnicos da Agência e que é lotado na Superintendência de Gestão Tarifária da ANEEL, foi quem defendeu a proposta de reajuste, sendo que o membro do Conselho de Consumidores de Energia do Amapá, “Gastão” Pereira (José de Nazaré Pereira) que, solitariamente apresentou os argumentos da sociedade.
Nada foi levado em consideração pela Diretoria da ANEEL, principalmente a condição atual do consumidor de energia suportar um aumento desse porte, além de ter que lidar um serviço de baixa qualidade prestado pela concessionária, os apagões que insistem em assustar a população e a baixa aceitação da empresa pelos consumidores.
Este é o segundo aumento tarifário depois que a CEA Equatorial recebeu a concessão e assumiu a distribuição de energia para todo o Estado.
Após vencer a licitação para assumir a concessão para o fornecimento de energia elétrica para o Estado, comprando a CEA por R$ 49.932,24 menos de R$ 50.000,00 o Grupo Equatorial assinou o contrato no qual se comprometeu em aumentar o capital e garantir melhorias na qualidade de prestação dos serviços à população.

Este é o prédio sede da CEA Equatorial que foi beneficiada com um aumento fora da realidade. (Foto: JAA)