Josiel Alcolumbre – Jornalista

A volta do desfile das escolas de samba, tanto do Grupo Especial como do Grupo de Acesso, ao Sambódromo, tendo como palco de apresentação a Avenida Ivaldo Veras, que liga a região Marco Zero com o bairro do Buritizal, deu aos organizadores, patrocinadores e empreendedores a resposta esperada.

Desde 2015, quando foi realizado o último encontro das escolas de samba naquele local, o Sambódromo, que todos sentiam a falta que fazia, era lembrado como referência principal para o crescimento do Carnaval no Estado, e a importância de devolvê-lo em condições de receber os espetáculos do Carnaval.

As competições de 2016, 2017, 2018 e 2019 foram simplesmente canceladas pelos dirigentes da Liga das Escolas de Samba. As alegações foram as mais diversas, entretanto, sabia-se que o principal motivo podia ser creditado aos dirigentes das escolas e da liga no sentido de compreenderem a situação e avançarem no sentido de acumular e organizar esforços, exatamente como foi feito em 2023.

Os dirigentes e participantes das escolas de samba são entusiastas do Carnaval e sempre estiveram prontos para, dada a primeira arrancada, quebrar a inércia. O restante pode deixar por conta deles que o espetáculo está garantido.

A vitória de uma ou outra escola é a consequência da maior quantidade de acertos e a menor quantidade de erros. Nesse padrão, apesar de todo o esforço das outras agremiações, o Piratão tem conseguido apresentar melhor desempenho aos olhos dos jurados, afinal é para eles que escola, tecnicamente, desfila.

Este foi o 48º desfile oficial, em 61 anos de disputas, a primeira realizada em 1963, e que teve como vencedor a Universidade de Samba Boêmios do Laguinho. A última, a realizada este ano de 2023, e que teve como vencedor a Escola de Samba Piratas da Batucada, que alcançou, em n.º de títulos, exatamente a primeira campeã. Os outros 12 títulos estão assim distribuídos: Maracatu, 9; Cidade de Macapá, 2; Império do Povo, Piratas Estilizados e Unidos do Buritizal, 1 título cada.