Uma luz, ainda distante, começa a aparecer no fim do túnel. As autoridades, ao que parece, começam a se interessar pela realidade socioeducacional instalada no sistema, muito embora indesejada por todos.

Os recentes acontecimentos havidos em diversas localidades pelo Brasil e, pelo menos um desses acontecimentos abortados aqui em Macapá, quando jovens e não tão jovens, em ações suicidas ou sem explicação razoável, invadem escolas públicas e particulares, para assassinar alunos, alunas, professores e aqueles que estivessem à sua frente no momento.

Estarrecidos, na qualidade de telespectador, ouvinte de rádio, ou ativos em redes sociais, as pessoas acompanham as notícias, sofrem com o que recebem como informação e ficam sem saber o que fazer.

Esses mesmos telespectadores, ouvintes ou usuários das redes, se apercebendo da gravidade do assunto e querendo fazer alguma coisa, contribuindo, agindo, ou movimentando-se no sentido de definir de quem seria a responsabilidade para que, agindo preventivamente, pudesse intervir no planejamento dessas ações criminosas.

As pessoas usuárias das redes sociais já perceberam que, pelo menos os preparativos das últimas ações criminosas foram divulgados, se não diretamente, mas indiretamente, exigindo conhecimentos adicionais tecnológicos e interpretativos para ser eficaz na cessação do plano criminoso, ainda na fase de planejamento.

A evidência, o medo e o sentido de responsabilidade, já despertados até o ano passado, com o episódio de Blumenau (SC), quando 4 crianças foram mortas e outras 5 lesionadas por um maníaco de 25 anos de idade, colocou um alerta no cérebro e no coração de cada pessoa.

A movimentação das autoridades, pelo Brasil e, também aqui no Amapá, no sentido de encontrar um meio de ser mais eficiente e ágil do que os criminosos, criando condições de conhecer os planos assassinos antes da sua consumação e intervir evitando a morte de inocentes, no mais puro sentido da palavra, e deixando famílias completamente destruídas para todo o tempo em que ainda viver.

É preciso que haja uma interpretação dos fatos e uma rápida intervenção na organização daqueles que estão responsáveis, não apenas pela segurança nas escolas e em todas as repartições e ambientes públicos, mas que tenham a capacidade de construir uma estratégia capaz de ser eficiente.

O Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Amapá, surgir por uma necessidade social, agora a sociedade amapaense precisa de um Batalhão de Operações Especiais para as redes sociais, onde se sabe, planos são divulgados e que permanecem publicados, sem chamar a atenção daqueles que são responsáveis pelo sistema de segurança pública do Amapá.

Seria um BOPE diferente, com mais tecnologia do que arma, mais análise do que ação, mais precaução do que mira. Seria um pelotão da Segurança Pública voltado para as redes sociais, acompanhando tudo, selecionando as ações que podem evitar os massacres que estão acontecendo.

É urgente e necessário!