Rodolfo Juarez

Macapá vem mostrando pontos comuns, notados em cidades do seu porte, pela população e anotados pelas organizações públicas e particulares, as primeiras responsáveis sociais e, as outras cooperadoras sociais, para apresentar uma solução àqueles que escolheram ou foram forçados a morar nas ruas.

Os motivos apresentados pelos que moram nas ruas são diversos e muitos desses motivos são reais outros, ao que parece, funcionam para justificar uma decisão tomada por aqueles que aqui vieram aventurar nova vida ou simplesmente para esquecer problemas que passaram a enfrentar na sua localidade de origem.

Nesse momento, quando a população moradora de rua ainda procurar entender a condição dos que escolheram para morar, o governo estadual e os governos municipais já contam, com proposta administrativa e unidades de gestão voltadas para realidades dos moradores de rua, mas, ainda não contam com profissionais que se voltem para uma atuação preventiva, desde dispor de um abrigo apropriado para manter e orientar essa população para o mercado de trabalho, ou atendê-lo em suas necessidades atuais até que possam voltar para a sua localidade de origem, com a informação de todas as suas necessidades.

No momento, o atendimento aos pets está mais avançado do que o atendimento aos moradores de rua. Já faz algum tempo que pessoas se voltam para acolhimento, proteção, tratamento e destinação dos pets em muito maior número do que aquelas que olham para o acolhimento, proteção, tratamento e destinação dos moradores de rua.

Pode ser que a preferência pelos pets seja uma decisão tomada em virtude de identificar que, tanto no Governo do Estado como no Governo do Município, se identifique unidades de gestão, em secretaria de governo, voltadas para as questões sociais. Aquelas secretarias da área social são voltadas para a observação da sociedade com foco em suas necessidades.

O morador de rua, nas duas principais cidades do estado, Macapá e Santana, é uma realidade, muito embora essa realidade ainda não tenha chamado a atenção das autoridades do setor e, se chamaram, as ações são tímidas e, ainda, inadequadas para que os técnicos da área social se voltem para a definição de medidas que possam atender às necessidades daquela população de moradores de rua.

Se sabe que ainda há tempo, muito embora não muito,  para que os técnicos discutam e estabeleçam uma estratégia, com base em um programa, através do qual se apresentem os projetos, sociais e de infraestrutura, para que, já no próximo ano, os governos do estado e do município, contem com uma estrutura de acolhimento desses moradores, com fornecimento de alimentação, orientação e, por ação social, possam contribuir com a correção de rumo e do futuro dessas pessoas.

Os motivos alegados pelos moradores de rua para desistir de lutar por um local para morar, ou mesmo, quando não desistindo, ter preferido a alternativa de ser morador de rua, precisam ser apurados pelos técnicos que são responsáveis reais ou em potencial para oferecer dignidade e inclusão para aquelas pessoas.

Apenas para citar como exemplo, as pessoas que estão morando, isso há bom tempo, mais de 5 anos, sob as arquibancadas de um campo de futebol, na área nobre e abandonada da cidade, no prolongamento da área da Residência do Governador, sem uso no momento, até o cais de arrimo na frente da cidade, estão ali sem rumo, sem futuro e sem atendimento.